sexta-feira, dezembro 16, 2005

Embaraçoso mas catita

Há pouco tempo pude ler uma pequena inscrição meio escondida feita a lápis numa parede. Dizia simplesmente, “Serafim Dardo” e por baixo em letras muito pequeninas lia-se “a doar esperma desde 1977”.
E eu fico a imaginar, como é que alguém dispõe de uma informação tão específica? Será que sabe de fonte segura que o menino Serafim doa o seu material genético para casas reais de toda a Europa, para as famílias mais abastadas e para os mais conceituados críticos e galeristas do mundo? Seria um currículo deveras impressionante.
Ora aí está uma notícia que não surge nos tablóides.

domingo, dezembro 11, 2005

Incongruências com Açúcar

Alguém me há-de explicar como é que na novela dos Morangos com Açúcar nenhum dos miúdos da escola acha os D’ZRT uma granda cagada! Se eu estudasse com um dos D’ZRT tinha a obrigação moral de lhe pregar um estaladão.
Mas nenhum rapazinho ou rapazinha acha aquilo tudo uma granda palhaçada? Os miúdos topam logo as coisas ranhosas desse género! A novela perde credibilidade. Pelo menos é o que eu espero.
Devo confessar que já tenho apanhado alguns episódios e dá-me sempre vontade de rir. A cada frase dos jovens actores o meu cérebro comenta: “Mas quem é que escreve estes textos? E será que o escritor dos textos acha que alguém fala assim?”
Eu acho que as novelas da TVI e os fenómenos musicais delas expelidos, no futuro hão-de ser lembrados nos livros de História de Portugal. Tal como a Peste Negra, o fascismo, a música Pimba e o vendido do Durão que há-de regressar a Portugal muito bem visto e aplaudido.

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Coleccionismo trouvé

Hoje passei por uma senhora que varre o lixo na minha rua. Esta senhora é muito peculiar. Junta com muito cuidadinho objectos que com certeza acha especiais e/ou importantes e pendura-os na estrutura do seu carrinho de caixotes: chuchas, bonequinhos, porta-chaves. Acho esta atitude muito interessante e a cena prende-me sempre a atenção.
Hoje reparei que um dos objectos que tinha pendurado no seu carrinho era um tampão higiénico. É um objecto curioso. Sim, estava limpinho, ainda não parecia usado.
Não quero ser mauzinho, mas será que ela o estava a guardar para mais tarde?