quinta-feira, novembro 27, 2008

Coisas de outra época

No outro dia disseram-me que tenho de escolher as minhas batalhas, por isso aqui fica a minha selecção: a do Buçaco - avançado centro, Salado e Cerco de Lisboa - à defesa, e Waterloo (o reforço estrangeiro) ainda está a recuperar da lesão e tem dois amarelos, por isso é capaz de não jogar mais esta época.

quarta-feira, novembro 26, 2008

Nunca falha

A raça da empregada empena-me sempre o chuveiro, entorta a borracha que prende o coiso à outra peça da porta onde assenta o azulejo trocado no meu poliban. Bem, passo-me, quase desfaço o que resta duma bola para aliviar o stress.
Se algum dia passar a minha pessoa à sua beira e o ar que lhe cheirar não cheirar pior que diarreira mas perto, é porque aqui o esperto se passou de vez e deixou de usar o tal chuveiro... daí esse horrível e nauseabundo cheiro a bombas da bunda do meu traseiro.

terça-feira, novembro 25, 2008

Jangada de moca, rocha ou pedra?

Imaginemos uma jangada, não de pedra, mas sim outra. Um sítio onde houvesse um amargo Saramargo que declinava a pancada da morte, a dita que ceifa com dor, a cor da cara dum gajo. E a única saída de cena possível para salvar o país desse ser amargo, esse tal de Saramagro, era fazê-lo saltar a barreira da fronteira para o lado de lá e cá ficarmos muito mas mesmo muito melhor servidos com a ausência do pesado fardo do ego pedante do Saramago.

segunda-feira, novembro 24, 2008

Filósofo faz tarot

Ouvi uma entrevista a um filósofo portuguesinho da caparica; José Gil respondia de mansinho às escabrosas perguntas que o tratavam claramente como um vidente do tempo para além do presente. E o Gil, o Gil do miminho, aceitava tal marosca de sorriso no beicinho. Que orgulhosa bochecha filosófica! E lá dizia que sim que isto e tranquilo dizia aquilo, que o lusófono senhor da rádio o queria fazer responder.
Já Platão lançava os búzios e o profano Nietzsche lia as cartas astrológicas das estrelas duma tal rádio, uma estação de música clássica.

domingo, novembro 23, 2008

Moda

Eu tenho um velho banco vermelho, que era de quem o tinha antes de ele ser velho - do avô Alfredo que não espingardava os coelhos. Já o gosto e a moda cresceu, mudou e melhorou desde que o banco era fixe, cool e design. Que aconteceu? O banco voltou a ser um sítio "in" para sentar o traseiro.
O cíclico movimento do gosto é um gozo de se ver.

sábado, novembro 22, 2008

Resto do que resta

Sempre que o diabo do meu carro me carrega rasto da estrada fora, eu carrego com o rasco do carregador do telemóvel comigo também. E aqui discorro a questão. Quem será no fundo, quem carrega o diacho do bicho, quem?

sexta-feira, novembro 21, 2008

Migalhas das torradas

O carcaças da minha vizinha! O caraças da minha vizinha manda-me com as migalhas das carcaças para a pontinha da janela; a beirada da minha vidraça fica forrada com a porrada de migalhas e restos das toalhas das carcaças do caraças da loiraça da minha vizinha.

quinta-feira, novembro 20, 2008

Yellow Submarine Aluga-se - T4+1 boas áreas.

Cheguei ao computador e todos os botões estavam errados, trocados, equivocadamente estacionados. Ao lado do P estava um botão azul da uma camisa que usei uma vez para uma cerimónia de circuncisão a laser. No lugar da barra de espaços estava um espaço para alugar. E em vez do ESC tinham a ESC 2+3 (Escola Secundária de Cashkaische (Cascais dito com aparelho nos dentes)).
Quando vi que no ecrã havia dois limpa-vidros, percebi.
Saí do carro e jurei nunca mais conduzir bêbado.

quarta-feira, novembro 19, 2008

Torradas pela manhã

O patamar dos meus vizinhos de cima de manhãzinha cheira a torradas com manteiga. Todas as manhãs o mesmo pequeno-almoco.
A que será que cheira no patamar do meu andar? Será que os vizinhos quando passam à minha porta sentem o aroma de amarelos irónicos e o cheiro a Led Zeppelin?
Espero que não, senão eu juro que devolvo o ambientador ao Continente.

sábado, novembro 15, 2008

Que seca - o espelho

Acho demasiado cliché uma pessoa ver-se ao espelho, este maldito favoritismo pelo reflexo. Eu penteio sempre o cabelo a ver-me em transparência e quando faço a barba é sempre em contra luz...
É mentira, eu não penteio o cabelo.

sexta-feira, novembro 14, 2008

Ontem fui a uma exposição

Nas exposições de arte moderna gosto muito de ver toda a gente descontextualizada. Pessoas normais a ver coisas muito estranhas. Espantados. -Mas o que é isto? Isto é arte? Esta não percebo. Mas é só isto?

Desta vez aquilo de que gostei mais foi de pintar vinte símbolos fálicos e depois convidar os meus pais e os meus sogros para me virem dar os parabéns.

terça-feira, novembro 04, 2008

Portugal precisa de óculos

Vi um graffiti no Sr. Roubado onde se podia ler: Rouba quem te rouba.
A seguir dizia alguns nomes de gasolineiras.
Acho curioso quando a malta se revolta contra um pormenor do sistema. Dá para perceber onde está o problema, não é na falta de acção popular. É uma falta de visão geral.

segunda-feira, novembro 03, 2008

Expectativas americanas

Aquilo que se sente antes do Natal é parecido com o que sinto agora, mesmo antes das eleições americanas.
Tenho a mesma sensação de que o presente não vai estar à altura das expectativas.

sábado, novembro 01, 2008

Pim! Abaixo o crédito! Pam!

Adoro os anúncios ao crédito fácil.
São criminosos. Agiotas criminosos.
Se repararmos bem os anúncios são feitos para pessoas estúpidas que não sabem no inferno em que se estão a meter. São anúncios, coloridos e bem dispostos. São quase publicidade a brinquedos.
Deviam ser limitados tal como os mais grosseiros e violentos filmes, deviam ter bolinha, só deviam poder ser vistos em cinemas de mau nome a meio da noite. São uma degradação social e deviam ser proibidos. O nosso povo está a afundar-se e estes credores mafiosos estão a ser bem sucedidos.
Eu cuspo em qualquer empresa que empreste dinheiro, tanto nos bancos como nos outros malfeitores.