quarta-feira, novembro 30, 2005

Siga as estrelas deste Natal

É impressão minha ou os D’ZRT transformaram-se na Leopoldina? Os rapazes talentosos da novela, que fazem de conta que são alguma coisa, aparecem por todo lado nas publicidades dos brinquedos das grandes superfícies.
Alguém nos ajude. Se não tomarmos cuidado os miúdos de hoje, quando tomarem conta do país, ainda hão-de trocar o hino nacional pelo “Para mim tanto me faz.”

terça-feira, novembro 22, 2005

Curioso

Hoje fui cortar o cabelo. Quando cheguei a casa, reparei que as árvores da minha rua tinham acabado de ser aparadas. Será que as árvores tomaram, como eu, coragem e foram ao baeta? Ou eu, tal como as plantas, fui aparado pelo jardineiro destacado pela junta de freguesia?

terça-feira, novembro 15, 2005

Quanto gosta você do seu emprego?

Numa das lojas de roupa da Baixa por onde costumo deambular pude observar um comportamento muito catita.
O tipo de loja a que me refiro é de roupa feminina e é obrigatório que a música nestes estabelecimentos seja tipo discoteca, repetitiva, para retardados musicais e que esteja tão alto quanto seja possível. O que normalmente é o volume de decibéis um nadinha abaixo de afugentar a clientela com problemas auditivos permanentes.
O que me agradou imenso foi ver o segurança que, como todos os outros, se deliciava a ver as rapariguinhas passar, como um homem das obras numa boite. Além disso, aparentemente, não se conseguia conter e dava mesmo uns passinhos de dança, satisfeito da vida.
A ver as babes passar, a dançar ao som da batida e a ser pago por isso. A vida é bela na cidade de Lisboa.

Eu adoro observar pessoas com comportamentos estranhos. Será que gostar de observar pessoas com comportamentos estranhos é estranho?

quinta-feira, novembro 10, 2005

H4N2? Água. H5N1? Em cheio!

Esta história da gripe das aves tem-me preocupado, como imagino que tenha dado que pensar a muita gente. No entanto, devo dizer que me incomoda, não só o facto de me relembrar que nenhum de nós é imune a doenças de animais que em cubos potenciam caldos, mas que para além disso têm um nome muito idiota.
H5N1, afundaste o meu contra-torpedeiro!
Acho que desde que o mundo conheceu a peste bubónica que não há uma doença que não tenha um nome a lembrar uma ala de uma refinaria. E enquanto os resíduos de lavagem da ala H5N1 são lançados para o oceano, os respectivos trabalhadores entretêm-se a ler as notícias que dão conta de mais um foco da doença dos Ministros das pastas de conteúdo duvidoso.
Cá se vai andando com a cabeça entre as pernas, o colete de salvação apertado e a máscara de gás posta. Tudo sempre na iminência de um ataque terrorista, arma biológica, lançamento discográfico estéril de uma grande editora ou entupimento de uma artéria importante na zona do coração.

quinta-feira, novembro 03, 2005

Ideia da terceira e quarta classes

Quando era mais miúdo, mantive, durante uns tempos, não um diário mas um diário nocturno. Eu passo a explicar. Eu anotava os sonhos que tinha. E de que me lembrava claro está. Era o meu sonhário. Eram sempre coisas muito pirosas, embaraçosas ou perversas. Na altura bem complicado de gerir na minha cabeça. Mas sempre gostei do conceito.
Lembro-me de rabiscar o conceito geral dos sonhos durante a noite ou logo de manhãzinha, caso contrário esquecia-me passados 15 segundos. Dava mais trabalho que um diário normal mas é muito curioso de voltar a reler, no momento presente.