segunda-feira, outubro 27, 2008

Quem conta um conto, não acrescenta nem um ponto

Era uma vez… ou seriam duas?
O dia começou como qualquer outro.
Detesto a cantilena que contam as estórias. Já não percebo o encanto da narrativa. É sempre igual a tudo o resto.
A personagem reage a uma situação. Qual é o apelo? Já estavam escritas as regras na Grécia antiga.
Não gosto das personagens, nem da intriga, o final é previsível. Tudo o que se encaixa num princípio narrativo é uma variação simples das primeiras estórias clássicas.
Os autores de descrições temporais são apenas estilos da mesma estratégia expositiva.
Se alguém se consegue afastar um nadinha que seja ao mais habitual cliché é já digno de nota máxima em imaginação.
Os livros são postos de parte na nossa sociedade muito simplesmente porque a televisão oferece exactamente a mesma estrutura.
É uma troca directa. Estórias trocadas por estórias.
É uma troca simples. Princípio, meio e fim trocado por princípio, publicidade, meio, publicidade, fim e notícias tendenciosas e alarmistas.

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