terça-feira, novembro 11, 2003

O designer tosco

Há cerca de três meses calhou folhear uma dakelas revistas que tresandam a celebridade e a sonhos de gente pekena por dentro e que sonha com festas glamorosas.
Numa tal de Vip ou Flash ou Caras ou coisa parecida surgia um anúncio público do novo namoro duma figura pública cujo intuito e interesse resta ainda descobrir.
Ora tudo muito bem até aki. Pouco me importa que o povo português queira saber com quem anda quem nas festas da sociedade bem.
O problema para mim começa quando na capa da revista a imagem da moça estava ligeiramente alterada no computador. Que propósito servia esta disfarçada alienação? Muito simplesmente chamar ainda mais a atenção do potencial comprador da revista para o decote e avantajado contorno do roliço torneado do peito desta menina senhora.
Esta situação é para mim estranha. Coitados de nós submetidos a este tipo de publicidade subliminar que passa despercebida mas à qual ninguém dá importância.
Toda a gente conhece a pobrezita Mariza Cruz, toda a gente conhece também o seu novo namorado, escusado seria esta triste e desnecessária propensão para a desonestidade deste tipo de revistas.
O que achei piada nisto tudo é que o dito designer gráfico que executou este ardiloso trabalho foi infantil e amador na sua infeliz e por demasiado simples intervenção, ao pintar a sombra com uma cor mais forte que qualquer outra sombra presente na foto desta "glamorosa" capa.
Cresçam e desapareçam! Podem estar a lidar com um público de pouco tacto mas esforcem-se por não se tornarem baixos. As expectativas criadas pelas vidas das estrelas são estranhamente suficientes para seduzirem o público e como dizia o saudoso Diácono Remédios: “Não havia necessidade”.

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