sexta-feira, janeiro 26, 2007

Gargalhada geral


Fui assistir ao novo filme do Mel Gibson, Apocalypto, que por sinal é muito bom para quem gosta de gore sanguinário meso-americano do ano de 1492.

Aquilo que realmente me chocou foi o grupo de casais adolescentes de trintas e tais anos que estavam na mesma sala de cinema que eu, mas que aparentemente assistiram a um filme do Ben Stiller ou algo parecido, tal foi a galhofa, a risota e a gargalhada! No final uma delas disse: - Bem, este filme foi uma granda porcaria!
A mim deu-me a sensação de que nenhum deles se apercebeu que este filme do Ben Stiller era diferente dos outros…

O mesmo me aconteceu no filme Babel. Outra vez um grupo de malta de trinta e tal anos que seja qual for o conteúdo do filme se quer divertir à grande. Com risadas à adolescente que cheiram ao sentimento angustiante de estar a ficar velho mas não o querer parecer.
Algo me diz que assistem ao Telejornal com lágrimas de riso e fartura de galhofa.

Para a malta que se diverte à grande e à francesa no cinema, seja a assistir ao excelente e premiado filme de comédia portuguesa Alice, seja ao hilariante ao supra-sumo mega-obra-prima da comédia internacional A lista de Schindler, devo-vos dizer que quanto mais gargalhadas soltarem no cinema com os vossos amigos, mais jovens se tornarão. Sugiro que se cinjam aos scary movies, date movies, romantic comedies, stupid summer laugh movies e claro aos filmes do Ben Stiller e do Adam Sandler.

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Aspirina


Recentemente, tomava café no «restaurante dos Piratas» com o progenitor da minha pessoa quando um velhote habituè do estabelecimento pediu uma aspirina ao taberneiro/estalajadeiro do século XII que estava atrás do balcão. Ao que o tasqueiro perguntou: - Da Bayer?
Como o cliente assentiu, foi-lhe servido, num copo de bagaço, um líquido translúcido de tom esverdeado de uma garrafa já usada e reusada de água do Caramulo ou lá o que era. E o velho emborcou a misteriosa mixórdia sem reclamar.

Garanto que quando pedir a um empregado, seja de que estabelecimento for, uma aspirina da Bayer e me servirem num copo de bagaço uma poção mágica com ar de pesticida reclamarei certamente.