quarta-feira, junho 30, 2004

Comentário presidencial

O presidente Jorge Sampaio disse hoje mesmo, em conferência de imprensa sobre a fuga estratégica de Durão, que a festa é na residência Sampaio. E que o último a cair podre de bêbado é que escreve um postal de ADEUS Ó VAI-TE EMBORA ao pequenito Durão.

terça-feira, junho 29, 2004

Dido em Lisboa

A cantora Dido vem a Portugal.
Toda a gente sabe que a cantora Dido está agora a cantar a solo. Já ninguém sequer se deve lembrar de quando a cantora Dido fazia parte de um duo. Aparentemente ela (a cantora Dido) deixou o parceiro de cantoria porque ele tinha nome de cão. O seu antigo parceiro era, claro, a famosa mascote da 7up. O Fido.
Já pouca gente se lembra mas o duo ainda teve alguns álbuns de sucesso com o nome Fido Dido! Enfim… a vida é assim.

segunda-feira, junho 28, 2004

Dica para os mais pequenos

Não tens nada que fazer nas férias com os teus amiguitos? Em vez de organizares um gang para assaltares os transeuntes, porque não te divertes com este saudável passatempo?
A ideia é criar a ilusão de que alguém deixou cair um pêlo púbico na sopa da cantina da esquadra da polícia judiciária da tua zona de residência.
Primeiro recolhe num balneário feminino muitos cabelos compridos dos ralos dos chuveiros. De preferência quando já ninguém estiver a tomar banho, mas é opcional. Solta os cabelos um a um e em seguida com a ajuda dos teus pais e de uma tesoura, usa a técnica dos laços dos presentes de Natal - raspa o futuro pêlo púbico ao longo da tesoura. Desta maneira, tal como acontece com os lacinhos dos presentes, os cabelos vão encaracolar.
Imagina como se vão divertir os senhores agentes. Assim que puxarem um minúsculo pelinho de dentro da sopa apercebem-se que é gigantesco e que é púbico.
Deus do céu! É sempre um fartote de rir! Eles adoram.

domingo, junho 27, 2004

O Barbeiro Surdo

O meu barbeiro é o mais estranho barbeiro do mundo.
Posso dizê-lo com toda a certeza porque o homem é um indiano que emigrou para Itália e que por problemas familiares fugiu para Portugal.
Se a história ficasse por aqui, ficaria eu já muito contente, mas o que é engraçado é tentar compreender o incrível sotaque, meio indiano, meio italiano, meio português, que apesar de cá viver há já muitos anos ainda é muito ferrugento...
Ora por cima de tudo isto este viajado personagem é ainda extremamente surdo o que torna uma simples ida ao barbeiro uma tarefa digna de um intrincado sketch da trupe dos Monthy Python.
Telefonar para marcar uma hora neste barbeiro é praticamente impossível e tentar explicar um penteado mais incomum é uma acção para um intérprete de muitas línguas e com conhecimentos em linguagem gestual avançada!
Apesar disso ele é o melhor barbeiro que eu conheço e para além disso também corta o cabelo como um profissional... não há que ter medo do cheiro a pasta com caril...
Mas, já sabe, dizer bom dia nos tempos que correm tem que ser dito a gritar e a espernear.

sábado, junho 26, 2004

A gente em casa fala

No autocarro não pude deixar de ouvir uma daquelas mães, muito fartas dos filhos. Sem um pingo de paciência. Que a qualquer palavra do filho retorquia com o já costumeiro: “Está calado e senta-te direito”. Ou com a variante também muito popular do: ”Cala-te que tu levas uma chapada”
O que muito me espantou foi quando o filho (com os seus 6/7 anos) disse muito simplesmente que estava com calor. A mãe completamente fora do contexto respondeu: “Estás com calor MATA-TE!”.
O que na minha perspectiva não é a postura normal, aconselhável, sã ou sequer adequada para se ter para com uma criança.
Dá Deus dentes a quem não tem nozes. Se é que me faço entender.

quinta-feira, junho 24, 2004

Tão diferentes e tão iguais

Durante toda a vida académica de um estudante médio, que desfruta plenamente das praxes e das rambóias habituais existe um padrão típico para as preocupações. Os estudantes de ambos os sexos têm preocupações semelhantes e contínuas durante a sua vida académica! As estudantes raparigas, preocupam-se constantemente com as calorias. Os estudantes rapazes, preocupam-se constantemente com as caloiras!
Ok, piada totózinha… enfim, há dias assim.
Não, eu não me incluo no rebanho abrunho!

Abramovich soltou gases em Portugal! Graças a Deus

Algo me irrita profundamente nas notícias diárias sobre um camone cossaco de seu nome Abramovich.
Todos os dias é preciso, é importante, é notícia bem grata, é imprescindível que seja transmitido juntamente com as notícias o paradeiro deste Abramovich. Mas que raio de idolatria de país de terceiro mundo, mas que raio de santificado seja o vosso barco, só falta abrir um telejornal especial para dizer: -Meu Deus, Portugal teve o privilégio de receber o primeiro resíduo sólido do rabiosque dourado de Mister Abramovich. O sucedido foi gravado e será transmitido numa emissão especial para o público português! Amén.

terça-feira, junho 22, 2004

Sósia perfeito

Ron Jeremy é uma estrela porno muito famosa. É um gordo, de bigode, muito, muito feio. A sua fama é tanta que já participou numa imensidão de filmes de Hollywood e tudo.
Por cá, mais exactamente na entrada da estação de Metro da Baixa Chiado, existe um sósia do Ron Jeremy. Todos os dias o Ron Jeremy português vende a revista Cais. Está sempre a fumar, tem os olhos cansados e tenho cá um palpite que não tem um tamanho que se compare com o do verdadeiro Ron Jeremy. Tamanho de vendas de revistas, claro está.
Se alguém quiser espreitar para confirmar a semelhança aproveitem e façam antes outra coisa qualquer. Porque garanto que não é espectáculo que se recomende. O Ron Jeremy sempre foi feio como um saco de batatas usado para forrar as latrinas da tropa.
Para quem não conhece a referida, a abençoada pelos deuses estrela porno, deve bastar mesmo uma simples pesquisa no Google para saciar a curiosidade.

Resposta de pescada

Não há posta de pescada que não mereça resposta.
No Metro do Marquês de Pombal estava escrita a frase racista e muito grunha, de alguma maneira, infelizmente, já habitual: Negro volta para o teu mato!
O que gostei de ver foi que alguém escreveu por baixo uma resposta. Uma frase de tão baixo nível merece uma resposta mesmo à altura. A resposta dizia: Trouxeram-nos do mato, agora aguentem-se à merda!
Ora, claro que nesta discussão de parolos e retardados, não existe sequer espaço para uma discussão interessante que leve a algum lado ou que pretenda resolver alguma coisa. O que estou a destacar aqui, é mesmo o interesse de uma resposta. Sinto que assim que um graffiti recebe uma resposta, passa para um nível acima. Deixa de ser uma mensagem unilateral, passa a ser uma discussão. E isso sim é catita de observar.

domingo, junho 20, 2004

Ai jasus

Um destes dias pude observar uma situação verdadeiramente…totó!
Uma senhora no autocarro, como faz muita gente, falava sorridente ao telemóvel, . Ainda não se tinha sentado há mais de 30 segundos, quando de repente a caminete fez uma curva bastante brusca. Como os bancos deste autocarro não têm braços, a senhora foi parar ao meio do chão num abrir e fechar de olhos. Nada que eu nunca tenha visto antes, claro!
A verdade é que o condutor do autocarro não é meigo, nem gentil a conduzir aquela charronca demoníaca. Mas não é de certeza normal uma pessoa mandar um trapézio tamanho em hora de ponta (ainda não seriam 9h00!) e continuar sorridente a falar ao telemóvel. De pés voltados para os céus, como duas enormes torres gémeas e de dedos bem firmados no seu Nokia ou lá o que era! Força minha senhora! Que nada a demova! Que nada a separe!

Onde

Gostava de falar num moço que se entretém a fazer graffitis como tantos outros mas que apresenta a diferença de se esforçar por conseguir fazer as suas pinturas em locais de muito difícil acesso. Ora numa muralha antiga no cimo de um penhasco, ora num viaduto do Metro a 50 metros do chão ou no parapeito de um prédio a aproximadamente 7 ou 8 andares de altura, sem acesso para a rua. Este destemido rapaz realmente é fora do comum e apesar dos seus graffitis serem extremamente raros são muito agradáveis de descobrir... é quase como um prémio encontrar mais um gigante ONDE por aí em Lisboa, ou arredores.
Não sou particularmente fã do pessoal dos graffitis mas acho que esta peça merece ser seguida! Os meus parabéns ao moço pela boa localização das suas obras e pela boa escolha do nome com que assina.

sábado, junho 19, 2004

Estrelinhas do punk totó

Venho por este meio relatar o evento musical mais catita para mim, desde de que o Bob que é Dylan, entrou no meu universo musical.
Para mim, as estrelinhas lançadas pela Mtv como as sensação-rock que se seguiram ao estrondo Strokes, eram ambas muito sem graça. Os Vines, prometiam muito e faziam muito pouco que valesse a pena. Apenas uma música engraçada não faz uma grande banda.
Por outro lado os Hives eram uns gajos muito armados em palhaços. Eu acho que desde 1962 que ninguém se veste todo de… para dar concertos ao vivo. (Só os Slipknot e só com o jeitinho das máscaras). No entanto, todas as músicas que ouvia destes rapazes com um miudinho maravilha, são fabulosas. Foi como conhecer os Offspring há uns anos atrás. Todas as músicas sempre com uma grande pica, sempre a empurrar a carroça e sempre a bater nas bordas da conga!
Para quem não conhece os Hives e gosta de ouvir gajos que não soam lá muito bem mas que lhe dão com uma vontade do caraças: Aproveitem, porque aposto que pró próximo álbum já eles soam a cocó pisado e repisado a pingar ao sol.

sexta-feira, junho 18, 2004

Beem’em all up Scotty! See if I care!

Nas ruas de Lisboa existe uma nova ameaça à paz. As ruas são desta vez invadidas por autocolantes muito bem recortadinhos, distribuídos e colocados pelos tresloucados Trekkies: Uma imagem ligeiramente totó do Mister Spock a fazer o cumprimento da tripulação da nave Enterprise. Com os dedos do meio afastados e a cara de chinês bem séria.
Será que alguém me consegue explicar porque é que isto acontece? O que é que leva um tresloucado fã da cena Star Trek, a forrar a cidade com a figura do robot com o ar mais tonto e geek da história do cinema?!
De qualquer maneira, aqui fica o meu RESPECT para a confederação portuguesa de Star Trek...

quinta-feira, junho 17, 2004

Manuais

No tempo do meu secundário eu tinha, como toda a gente, disciplinas que não interessam a ninguém. Isto fazia com que os livros, os cadernos e as secretárias fossem constantemente alvo de abusos escritos, rabiscos obscenos ou palavras de mau gosto.
Uma das mais fáceis subversões a um livro escolar que já fiz foi demasiado simples e oferecida para sequer ser considerada de bom nível. Na capa podia ler-se o nome do autor do livro, o senhor Manuel de Cernadas. Nome este que, logo desde as primeiras abordagens ao livro, foi prontamente alterado para Manual de Cornadas.
Qualquer livro que tenha este senhor como autor é decerto um livro fadado à valente reinação e paródia infantilóide, mas de gozo garantido.
Transmorfei então um livro do ensino secundário para um livro de ensino tauromáquico. O que a julgar pela maioria das alcunhas dos professores não estava assim tão desfasado da realidade.

quarta-feira, junho 16, 2004

O cavaleiro da... coisa

No dia da música mais pesada do Rock in Rio Tejo eu vi uma figura muito catita no Metro, a dirigir-se para lá! Um fã de metal com os seus 16 ou 17 anos envergava uma armadura ao estilo medieval, feita em cartão, presa com cordel rameloso e pintada com cores fortes. Atrás tinha uma cruz dos Templários pintada e dizia por cima: Gang da Punheta. O que em hora de ponta no Metro não é das coisas mais naturais de se ver. Ele e os amigos estavam visivelmente divertidos com a vestimenta e decerto que os concertos foram mais animados por isso mesmo.
Esta e outras personagens são daquelas coisas que nos fazem pensar que a liberdade de expressão pessoal é uma coisa muito bonita! Força Gang da... bem... disso.

segunda-feira, junho 14, 2004

Eu vou (atrasado)

Só compro uma t-shirt do festival Rock in Rio pelo preço a que eles as vendem se a t-shirt disser:
-Eu Vou ao Rock in Rio... se me pagarem o bilhete!
A melhor expressão que já ouvi para descrever os preços dos produtos no festival é: -São un chuilos é o que é!

Return of the living deaf

No festival Rock in Rio, cá em Lisboa, a organização tentou explorar o chamado sintoma pós-morto: o glorioso e apoteótico retorno dos mortos-vivos. Que muito faz pela carreira dos músicos.
Este Rock in Rio foi o palco do tradicional “Come Back”. O tal que contraria todas as expectativas e que estas excepções confirmam a regra que diz que normalmente os “come backs” são um cocó. Tanto no caso da geração dos meus pais, com os restos dos Beatles a quererem voltar a ser digeridos, como no caso da minha própria geração, com o caso dos despojos de guerra Nirvana, ou seja, o Foo Fighter Dave Grohl.
Temo sinceramente que os próximos mártires da juventude sejam talvez os tristes Linkin Park, mais conhecidos por Linkin Parvo ou Linkin Porco e mesmo quem sabe os Evanescense. Mas claro que vamos estar todos a rezar para que isso não aconteça…certo?

sábado, junho 12, 2004

O virtuoso escravizado

Existe, numa determinada saída do Metro lisboeta, um virtuoso tocador de acordeão. É tão agradável passar por ele, no meio de toda a gente muito apressada para chegar ao emprego ou para ir almoçar, como formigas, sem se aperceberem que estão a passar por cima de um quadro do Rembrandt ou sem ver que vão ser esmagados por um pé gigante. O som de uma valsa na multidão é completamente surreal. As pessoas parece que se olham umas às outras prestes a desatar a dançar.
Fado em Lisboa, bem tocado, com ritmo, sem lamechices de pedinte, sem o ar de pobre diabo. Às vezes acho que só os turistas é que apreciam o trabalho deste destemido virtuoso.
O estranho nesta personagem é que perto dele está sempre uma senhora de olhar sério e um enorme saco de plástico na mão. Parada a uns metros do tocador de acordeão. Esta segunda figura parece muitas vezes comandar o rapaz e de vez em quando vai-lhe esvaziar a caixa das moedas. Esta figura maternal tem um ar maléfico de viúva do diabo, que paira sobre um inocente músico… Sinto quase que estou na presença de uma situação de escravatura musical familiar.
Enfim, mais uma personagem das ruas.

Lata, muita lata

Num destes dias um dos senhores invisuais que pedem no Metro fez uma escandaleira.
Parece que um miúdo lhe deu 3 cêntimos. O senhor invisual atirou as moedas para o chão e insultou repetidamente o rapaz e a sua mãe.
Alguém por favor me explique como é que uma pessoa que pede para sobreviver tem este tipo de atitude para com uma dádiva, mesmo que diminuta. Não me parece que qualquer tipo de dádiva monetária pretenda ser um insulto. Aparentemente, o moço ficou muito atrapalhado com a situação e deu mais dinheiro ao senhor invisual.
Ora aqui vai um insulto que não chega à altura do nariz arrebitado deste pedinte:
- O senhor não merece caridade... o senhor merece um puxão de orelhas e pimenta na língua. Cuspir no prato em que come e morder a mão que o alimenta é mais feio que a senhora sua mãe, meu caro pedinte. Se todas as pessoas por quem passa com a sua cantilena desagradável lhe dessem 3 cêntimos, ao fim de uns dias estava com uma pipa de dinero, mas com essa atitude eu acho que o senhor não consegue perceber isso.

quinta-feira, junho 10, 2004

Vende-se

Hoje passei por uma enorme fila de carros parados com letreiros. Estavam todos à venda. Uns diziam “Trata”, outros diziam “Bom estado”, mas a maioria dizia “Vende-se”. No meio da fila de carros que diziam “Vende-se”, havia um que dizia “Vendem-se Rottweillers”!
Fez lembrar os jogos de descobrir as diferenças da Rua Sésamo. Há sempre um perfeitamente óbvio. Com o qual todas as crianças lá no fundo pensam: “Bolas, estes adultos pensam que somos otários, então não se está mesmo a ver que o Poupas não é da família das leguminosas? Parece que são parvos!”

quarta-feira, junho 09, 2004

Os vídeos do Senhor Vítaro

A faculdade de Belas-Artes de Lisboa foi muito recentemente palco de uma estranha mostra de cinema.
Aparentemente foi encontrada numa das casas de banho uma caixa repleta de filmes de natureza pornográfica. Então, alguém se lembrou de fazer uma divulgação do conteúdo das cassetes, que pelo que consta, era hardcore do bom e do melhor. A mostra intitulou-se: “Os vídeos do Sr. Vítor”.
Acho que a sorte do senhor Vítor foi mesmo o conteúdo das cassetes não serem vídeos caseiros marotos! Tenha cuidado senhor leitor.

Saudades do processo “Casa Pila”

Os acusados do processo “Casa Pia” estão muito contentes por voltarem a casa. Um deles disse mesmo à comunicação social que gostava muito mais de estar em casa porque tinha muito mais canais na televisão com que se divertir.
Os colegas de cela dos acusados do processo “Casa Pia” que saíram agora da prisão disseram que por cada acusado que saiu ficaram com menos um canal com que se divertir.
Não sei bem o que é isto quer dizer… mas as saudades são assim, um homem não as explica, só as sente.

segunda-feira, junho 07, 2004

O Senhor não-polícia de trânsito - 2

Este senhor apita a todos os carros que ele achar que estão a agir mal. Mesmo que não estejam a portar-se mal levam valentes apitadelas.
Eu não sei qual é a história deste menzinho. Não sei se queria entrar na polícia de trânsito mas não gostava de luvas… ou se tinha aquele trejeito de quando arbitrava jogos e quando apitava puxava também de um cartão amarelo. Realmente não faço ideia.
Mas que dá gosto observar pessoal assim, dá! Que catita é vê-lo a olhar sorrateiro os carros, por detrás dos óculos, como um abutre, até que um deles, pimba, leva uma apitadela quando menos espera. Que catita é ver os condutores assustados e a abrandar, com medo da multa.
Ah que bom!
Se ele é meio estranho, o que é que isso fará de mim que gosto de o ver às escondidas?

domingo, junho 06, 2004

O Senhor não-polícia de trânsito - 1

Pela minha cidade costuma passear um sujeito muito catita. Na minha opinião ele representa muito bem o nível de insanidade que toda a gente devia ter. É uma personagem com uma pancada, que eu desconfio que existe em muitas cidades e que bate forte a muita gente.
O que se passa é que é um senhor com certa de 50 anos, bem parecido, bem vestido e de uma maneira geral sem grande ar de quem tem um caso sério a discutir com o seu psiquiatra por longos e bons anos. Para um bom entendimento desta personagem é preciso imaginá-lo de óculos à polícia dos anos 80, ou seja à taxista lisboeta, ou seja à calinas gorduroso de meia idade.
Alguém conhece alguma personagem assim?
Com um ar sério de mauzão, este senhor empunha um apito. E apita. Passa os dias a apitar aos carros. E a dar ordens.

Iron Maiden em Portugal

Os pormenores são o que faz de cada dia que passa, especial... são as pequenas coisas que chamam ou não a nossa atenção...
O teletexto da Sic anunciava há muitos meses o seguinte: Os Iron Maiden tocam esta noite no Pavilhão Atlântico. O problema é que em vez dos avozinhos do metal inglês, que definham ao som de cada batida do tempo, tocava nesse mesmo pavilhão e nessa mesma noite o betinho tótózinho coitadinho Robbie Williams...
Sim senhor, que os erros ortográficos e as gaffes acontecem a todos... e bolas se não é uma constante neste blogo-espaço, mas enganar-se a escrever Robbie Williams e digitar antes Iron Maiden é no mínimo uma falta de atenção que só o Freud pode explicar...
Se alguém quiser mais informações de bandas de metal antigas, contactem por favor o encarregado do teletexto da Sic, que certamente é um aficionado na matéria.

sexta-feira, junho 04, 2004

A tradição já não é o que erra

As “bocas” dos homens das obras já não são o que eram.
Dantes costumavam dirigir-se às meninas e senhoras com expressões como: Olhó que chove e coisas ainda mais suaves.
Hoje ouvi esta novidade, última moda dos gritos vocais a ser uivado da protecção de uns valentes andares de andaimes: Dava-te duas com tanta força que ficavas com voz de cona rachada.
Peço desculpa pela expressão (Co+na), que para os leigos é algo obviamente relacionado com música, canto vocal ou coisa que o valha. Provavelmente é uma espécie de Conga africana, mas claro está, sem o uso da letra G.
E esta foi a rubrica cultural do Peludo e Azul desta semana. Prá semana, uma incursão interessantíssima sobre o uso de silicone para melhorar o aspecto dos decotes dos címbalos noruegueses.

Na realidade era só uma t-shirt com uma frase totó

Nos meus tempos de estudante de secundária tive uma t-shirt onde se podia ler: Eu matei a minha professora de matemática.
Não foi o sucesso que eu esperava, nem por parte dos meus pais, nem por parte da dita professora. Por quem eu realmente não nutria um daqueles ódios de estimação. É fácil demais não gostar das professoras de matemática.
Um conselho para a futura concepção de t-shirts provocatórias: Nem sempre as professoras mais maléficas são as de matemática. Portanto… mantenham o “olho” aberto, sobretudo com as de Filosofia e Português.
Eu sou a sensatez a falar.

quarta-feira, junho 02, 2004

Paulo Pedroso não vai a julgamento e conseguiu ser aceite no curso de Medicina!

Ouvi dizer que o Paulo Pedroso não foi pronunciado e acabou de saber que conseguiu um estatuto especial e entrou em Medicina...
Eu não faço ideia se ele é culpado de alguma coisa ou não, só sei é que há pessoas que quando arranjam uma cunha não fazem a coisa por menos...
Acho que existe uma lição a ser tirada de todo este caso para todos nós... não me perguntem qual é... eu ainda nem chego ao urinol das cunhas mais maiores grandes...

terça-feira, junho 01, 2004

Comunicar, nem que a bófia tussa

Se passearmos por Lisboa, podemos observar dezenas destes autocolantes por todo o lado, especialmente nos sinais de trânsito, caixotes do lixo e caixas de electricidade.
É muito curioso para mim, como é que numa altura em que por exemplo os blogues estão tão difundidos, não se percebe que também os miúdos procurem ser reconhecidos, exprimir ideias e comunicar… Para mim, tudo o que estes autocolantes representam é a pura expressão marginal.
Acho que é por isso que o mundo dos blogues me fascina. Tudo o que se passa na blogosfera é como uma rua com assinaturas de marginais que tentam a todo o custo comunicar.
Por favor continuem a berrar, a discutir, a falar dos vossos interesses, isso é lindo.