quinta-feira, abril 30, 2009

A balança tá em TILT

""Piratas" poderão ficar com acesso bloqueado à Internet sem necessidade de aviso judicial" In Público.

Será possível explicar a incrível diferença de estatuto entre uma pessoa e uma empresa?
Vejamos...

Se um cidadão comete um crime de violação de direitos de autor na internet será punido!

Que estranho; se uma empresa comercializa produtos especificamente concebidos para cometer crimes de violação de direitos de autor, será também punida? Parece que não!

E as empresas de informática que disponibilizam e potenciam o crime de violação de direitos de autor de milhões de pessoas, será que também ""(...) poderão ficar com acesso bloqueado à Internet sem necessidade de aviso judicial"? Duvido!

Qual é perante a lei esta enorme diferença entre um crime de uma empresa e um de um indivíduo humanóide?
-Ora bolas, só custa €30 mudar o nome na loja do cidadão! Muda-se já o nome do de Manel Jaquim para Jaquim Jaquim S.A. !

Acho que podia ser pior... ao menos as empresas ainda não catam carteiras no metro! Até ver...

quarta-feira, abril 29, 2009

Um avião sobrevoou Nova Iorque - Dejá vu, dejá fait

Um avião sobrevoou Nova Iorque ao estilo 11 de setembro - operação secreta, a baixa altitude, só com uso de aviões americanos e ninguém foi avisado. Causou o pânico e elevou o nível de insegurança dos cidadãos.

A explicação é que os militares estiveram a fazer um exercício. Aceitável, mas, tal como tudo o que passa na televisão eu suspeito que tenha sido tudo scripted.

Se calhar foi de propósito para voltar a instalar o medo do terrorismo.
Não será provável que esta técnica de manter as pessoas com medo, seja usada de forma consciente para manter o povo sob controlo?

Funcionou sempre para a igreja católica...

Admito que seja improvável, mas, tendo em vista o patriot act, que permite "tudo" o que for preciso para proteger a mãe pátria, esta hipótese parece plausível.

Se estão dispostos a mentir para conseguir tomar países de assalto e raptar cidadãos sem os julgar... porque não acender de novo o medo das pessoas? Niguém se magoou e milhares de cidadãos voltaram a confiar totalmente no seu governo para os proteger.

Para quem já usa tortura em estrangeiros, não deve ser difícil usar também intimidação e terrorismo nas próprias populações.

quarta-feira, abril 01, 2009

Sabonetes antibacterianus

São apenas bactérias. Os grandes homens. Os parvos e os palermas. Somos todos bactérias. Organismos construídos. Tal como máquinas. Somos máquinas bacterianas.

Naturais como iogurtes. Como uma máquina avançada de ponta e sem função. Topo de gama em inutilidade.

Vou lavar as mãos.

Perversos amorais. Sempre orgulhosos do lodo original. Quero uma nova raça - com mp3 de origem e coldre para o cartão de crédito. Voto em ursos polares detidos a atirarem sapatos presidenciais num reality show.
E quero voltar ao início e começar tudo de novo.

terça-feira, março 31, 2009

A bexiga quebrada

Qual hergé, qual calvário. Como venço a minha vontade maior de desmaiar as outras vontades? Quero apenas seguir as pulsões, as vontades doutra origem. A natureza de um homem é recortada por vontades e respostas a estímulos. A motivação é dos audazes.

segunda-feira, março 30, 2009

Receita para os fartos da fé na narrativa

Como fugir à diária rotina? Procure um sítio de ventos fortes, construa um pequeno aparelho de asas abertas, talvez acoplar um par de asas num cavalo seja boa ideia. Ou colar centenas de penas com cera nos braços. Ou um clio.
Seguidamente escolha um modelo romântico a seguir, pode ser o Kerouac, pode ser um Marco Polo, no meu caso é a Beyonce.
Se a engenhoca voadora por algum motivo não funcionar, partindo do princípio que falha o voo mas que o seu pulso permanece cadente experimente antes aceitar a entrega ao sofá, batatas fritas, repetição, cliché, status quo e televisão.
Desta vez tente sorrir ou existir apenas.

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Tenho asma sinestésica

Sempre que acedo à web, abro várias janelas ao mesmo tempo. Ao fim de algum tempo comecei a sentir alguma ansiedade devido ao excesso de informação. Texto, vídeo, media e música. Sinto uma falta de ar visual.
A solução é deixar uma janela do Explorer aberta, sem página alguma.
Funciona como uma janela luminosa para uma paisagem, exterior, uma janela que dá vento a um quarto vazio.

segunda-feira, janeiro 26, 2009

domingo, janeiro 25, 2009

Botões e beija-flores

Se alguém acrecidita tal como eu que o cinema comercial é facilmente mais entediante que um cego a jogar ao mata. Eu sugiro, meia dose de Benjamin Button, com um prato de acompanhamento de uma boa companhia.

Benjamin Button é refrescante, inovador, cómico mas inteligente, muito interessante em termos de estrutura de narrativa e "extra mega rifixe". Ok, e aqui é que o pepino se torce desde pequenino, é talvez longo demais, e a eu faria talvez a personagem do Button um pouco mais aberta, talvez mais emotiva ou que se desse um pouco mais a conhecer. É um apático dum personagem principal. É talvez por isso que esta contenção de actuação se encaixa tão bem no tipo de estória.

Este filme faz-me acreditar no que ainda está para vir. Ainda nem tudo foi feito, nem tudo foi visto.
É uma históriazinha feita de pequenos nadas, detalhes subtis. Dá a sensação que acabei de ver um filme plantadinho num vaso de uma estufa com um enorme carinho familiar.

sábado, janeiro 24, 2009

Uma aventura na imagem fria de um filho de alguém

Vi um miúdo adolescente com uma imagem pessoal muito curiosa.
Tinha talvez 14 anos, mas, tinha um olhar desligado como um cão com frio. Trazia uma gabardine até aos joelhos, um nariz sinuoso e um tom pálido como um fumador de plátanos.
Debaixo do braço trazia um livro vermelho com letras a ouro que me parecia ser a bíblia - tomei-o por uma criatura censurada e oprimida por pais fanáticos religiosos. Depos consegui realmente identificar a natureza do animal que carregava. Do Fiodor carcomido, os Irmãos Karamazov.
Já ninguém lê os livros d'Uma Aventura?

sexta-feira, janeiro 23, 2009

"Semelhitudes, identicidades e parecências"

Tal como o saco do continente, eu também tenho asas que me levam a outros lugares. O primeiro lugar onde vai um saco do continente é ao lugar de estacionamento do dono das compras, no meu caso as minhas asas não são as da imaginação (que piroseira) tenho uns sapatos do continente que vieram num saco muito bonito e que me levam aonde preciso.

Assim como o saco eu também consumo o que houver para carregar para casa. Tal como o saco também posso mandar fora tudo aquilo que já adquiri. Um regador amarelo, um almoço de 180 euros ou uma pilha carcaças com atum e fiambre.

Exactamente como o saco eu posso ser reciclado. Posso servir de ração animal, vegetal ou para forrar o interior de almofadas num sofá de um bar de alterne.

Mas eu, meus caros, quero ser um candeeiro modernaço.

quarta-feira, janeiro 21, 2009

Vai um em anexo

Anexei o senhor meu punho ao ficheiro facial fronteiro na zona nariguda da fronha feia de um cavalheiro que ministra um cargo político.
Fiquei com os nós imundos de Honestidade, Confiança, Rigor e outras mentiras com que a besta do senhor se maquilha antes de vir de se vender na Assembleia.
Ele que vá perguntar as horas a outro eleitor. A lata desta gente!

terça-feira, janeiro 20, 2009

O que é um cachecol?

Já vi quem usasse uma espécie de gravata semelhante na sua estrutura a um cachecol do El Corte Inglês, um cachecol moderno, que aquece o dito cachaço apenas por momentos, num "quentinho" muito localizado que por vezes chega mesmo a marcar a pele pela fricção extrema. São belos cachecóis esses em que se penduram as pessoas.

Cachecol é tudo aquilo que fizer "quentinho" no pescoço. Eu uso um Arafat porque gosto deles beligerantes e tu Zé Carlos?

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Medem bem as palavras

Os estados unidos da américa (nenhuma destas palavras merece as minhas maiúsculas) usam a expressão soft targets quando se referem a bombardeamentos a alvos civis, apartamentos, bairros de vivendas, escolas, mercados, mercearias, velhos coxos, mulheres, crianças e jovens a passear de mão dada. Alvos!
A aberração que é o uso destes termos, soft targets, é obscena. É um crime atroz pintado de barroco, rococó e pó de arroz doce e carícias com as beiças.
Literalmente traduz-se soft target por alvos suaves. Quase dóceis, meiguinhos, amigos dos seus amigos. São alvos que não ripostam, é isso que quer dizer na sua essência. Pessoas que estão a almoçar e que são dizimados por pilotos de guerra nintendo. Miúdos a brincar na rua, senhoras que foram buscar salsa. Alvos estratégicos portanto.
Chamo-lhes carinhosamente alvos "moles", soa-me tanto a ovos moles que até dá fome.

domingo, janeiro 18, 2009

O senhor da peúga castanha

No meu apartment building há um senhor que já tinha visto imensas vezes, e trazia sempre uma peúga castanha, de aspecto repugnante, como uma salsicha fresca com recheio de estrume. É o senhor do primeiro esquerdo frente, cave, ala norte, secção b, rés do primeiro andar a contar vindo como quem vem da Infante Santo.
Todos os dias de manhã o encontro no prédio com a peúga castanha.
Tive de lhe perguntar com jeitinho: -Isso é uma peúga suja de cocózinho meu caro e gentil caduco?
E ele explicou que a peúga nojentinha é na realidade uma pantufa nojentinha, uma cãozinha chiuaua de odor nojentinho a merdelim - o pantufa.

sábado, janeiro 17, 2009

Já tens o meu mail?

Estou sem bateria e não tenho dinheiro no telemóvel. Mas tenho rede e tenho net, até tenho Tv Cabo, Meo e Zon, tudo no bolso onde guardo os tickets de desconto da Galp. Comprei um Mac, comi um mac, zipei um flato. Tão moderno que eu sou, tenho email, blog, site, tudo em thumbnail, com scroll bar num bar de strip. Já sabes que a minha madrinha é clicável? Ou será comestível? Faço piscas, flexões, combustível e amaciador, Corto e colo e às vezes cut and paste. Hoje soltei um attachment na loiçaria do palácio das necessidades. Tenho áudio mas sem som, oiço feedback com spam e mms - mms são as tais mensagens que se derretem na boca e não nas mãos?
Que estranho, esta página não entra, devo ter que comprar mais memória, mas é estranho porque isto é um livro de capa mole, talvez seja por isso que a página não entra... está mole.

sexta-feira, janeiro 16, 2009

Frida aberta

Frida estreou nos palcos portugueses.
Um dos melhores cartazes que tenho visto por aí ultimamente é uma imagem muito castiça béu béu da actriz Fernanda Serrano vestida e maquilhada para se parecer com a Frida. Está soberbo, está lindo e magnífico. É ao mesmo tempo uma imagem muito bonita e uma figura decadente, sofredora, feia e amarga. Que mais é que se pode pedir de um cartaz de teatro? Uma arte em tão maus lençóis, é quase uma metáfora da situação do teatro por cá.
Que orgulho nos nossos bons designers!

Pi 3,14 de QI

O meu gato não é meu, mora cá em casa mas é da minha cara metade. Tento ter isso em mente quando o gato cai de uma cadeira onde estava a exercer o seu direito a uma sesta comparticipada com almofadas.
O meu gato não é meu, mas acho que ele não se sente de ninguém. Quanto muito aprecia água, comida de gato, comida de cão, atum, leite, frango, fiambre e linhas. Ele adora comer linhas... o gato não é meu - repito para mim próprio - o gato come linhas mas não é meu, por isso não tenho que me sentir envergonhado.
Mas sabe pedir para abrir a janela, comida, mimos e podia jurar que no outro dia implorou para eu gravar o My name is Earl.

quinta-feira, janeiro 15, 2009

Dores lombares

Sobretudo, acima de tudo, apesar de que, no entanto e mesmo sofrendo das terríveis dores de bicos de papagaios o corajoso tratador deu de comer às araras, tucanos e mesmo aos agressivos papagaios que o bicavam de todas as frentes gritando: Queremos experimentar comida diferente, o que é que comem os elefantes? Lutamos por um prato de cozido uma vez por semana e Tv Cabo com a ... National Geographic Pornographic Channel se faz favor!

quarta-feira, janeiro 14, 2009

Marrocos?

Numa via rápida a chegar aos subúrbios de Loures existe uma placa de sinalização que expressa uma piadinha racista.
Por baixo de onde se pode ler Ramada, lê-se: Marrocos - é já aqui tão perto.
Quero acreditar que exista uma loja de artigos marroquinos ou um cabeleireiro de um saudosista dos descobrimentos com este nome, mas duvido.
Que mentes tão pequeninas e mirradas.

terça-feira, janeiro 06, 2009

Santana regressa - Sequela de filme de terror

Eu acho que se o Santana for eleito para a câmara de Lisboa eu emigro.

Esta gente é burra demais. E memória não existe.

Só podemos aceitar esse cretinozinho careca charlatão vendedor banha da cobra volte, se ele conseguir primeiro pagar o buraco que criou na câmara. A primeira estupidez surge logo na concepção desta candidatura: No meio de uma crise económica mundial, a cidade de Lisboa gerida pelo mais incompetente calhorda. Homem cujo espectacular jogo de cintura político conseguiu amealhar reforma em cima de reforma, passando por várias câmaras e deixando cada uma delas com dívidas gigantescas e tudo com um aspecto de sabichão charmoso.

Senhor Santana, regresse para a cloaca quente de onde surgiu, seu merdas!