segunda-feira, maio 31, 2004

Autocolantes lindos lindos

O passo seguinte na tentativa de dissimular este tipo de graffiti foi a passagem para uma assinatura feita sobre autocolantes, que pode ser feita em casa, para ficar bem feitinha e para não se demorar mais que dois segundos a deixar a marca na cidade. Se o miúdo for visto por um polícia, no máximo volta a arrancar o autocolante e pronto, não existe praticamente a violência e o acto de vandalismo.
Todos os dias surgem novos autocolantes. Isto é uma expressão muito mais interessante que os restantes graffitis feitos em Portugal por esta nova vaga de "grafiteiros".
O interesse que vejo nesta nova vertente do graffiti é que os miúdos usam muitas vezes autocolantes provenientes já de outros propósitos e criam situações plásticas muito mais interessantes que a anterior fase de simples riscar na parede. Existem mesmo grupos que se esmeram imenso, fazendo já impressões a cores, com figuras, imagens, desenhos, impressões em computador, usando técnicas como o uso de stencils, alguns deixam de assinar e passam a escrever frases, outros passam mesmo a linha da simples assinatura e usam assinaturas abstractas.

Os tags propagam-se

Ora uma coisa estranha que de repente se passou no nosso país em termos de graffitis é que não há paredes suficientes para serem pintadas facilmente e os riscos de se ser preso são altos, há multas, é uma chatice andar a fugir à polícia com latas na mochila.
A maneira que se arranjou para superar isso, foi usar apenas uma espécie de marcadores gigantes que dão praticamente o mesmo efeito. Escreve-se na parede e vamos embora. O acto de escrever na parede ainda é um pouco complicado, dá muito nas vistas na mesma e acima de tudo pode ficar tudo mal. Com os nervos pode ficar foleiro.
Continuo na mesma a achar a ideia de dar autógrafos às paredes da cidade uma parvoíce. Acho que a ideia, no fundo, é conotar a nossa pessoa com um estilo de assinatura, um certo estilo e claro as costas quentes, respeito pelo grupo de amigos pelo qual estamos a assinar.

domingo, maio 30, 2004

O graffiti em Portugal

A cultura do graffiti fascina-me. É muito curioso imaginar o stress que os miúdos passam só para pintarem um mural. Então mas será que vale a pena?
O que nos foi transmitido pelos antigos graffitis portugueses é a intenção de passar uma mensagem que um partido considerava importante fazer chegar às massas oprimidas pelo antigo regime.
O que me faz confusão é que a maioria do pessoal do graffiti o que faz é seguir as influências dos “grafiteiros” americanos que pintavam os seus nomes por toda a cidade. Ora, eu penso que isto é absolutamente ridículo, onde é que já se viu?... Qual seria o interesse, por exemplo antes do 25 de Abril, que as ruas estivessem cheias de murais a dizer Cunhal? Ou Soares?... Ou o grupo de amigos deles (outra prática comum…).
-Cunhal Crew é a mais lixada de Lisboa - seria uma coisa completamente descabida para se escrever.

sábado, maio 29, 2004

O verdadeiro perigo dos head phones

Quando um utilizador de headphones "se descuida", mesmo que voluntariamente, é provável que a sua falta de audição provoque situações menos próprias, segundo os padrões da nossa sociedade.
Ao falarmos com os phones postos, temos a tendência a falar muito alto. Ao soltarmos gases o fenómeno também se verifica. Portanto, ao soltarmos um elemento gasoso através do traseiro da nossa pessoa, estamos a fazê-lo com muito mais volume do que seria agradável.
O agradável neste caso é obviamente relativo, pois na minha opinião, os gases humanos não são assim tão "plaserosos" como dizem praí, mas é a minha opinião, e eu posso estar errado.
Ora, ao pensarmos que estamos a libertar um gás mortífero mas silencioso, estamos na realidade a fazer soar um sol maior, que põe a Protecção Civil e algumas milícias populares em alerta vermelho.
Por outro lado, qualquer minúsculo assobio de cão na nossa cabeça, rapidamente se transforma numa sirene de aviso de perigo nuclear, ao som do qual os governos dos países Árabes comparticipados pelo Tio Sam devem estar a desencadear um Inverno nuclear (um Inverno nuclear é o mesmo que um inferno nuclear, mas na estação mais fria do ano).
Isto obviamente é mais grave que os outros perigos, pois destrói a vida social de qualquer pessoa, por isso, nunca use phones na missa, nos funerais, nas aulas, no cinema ou durante as conferências do senado americano. A vida nunca mais vai ser como dantes. Depois não digam que não avisei.

sexta-feira, maio 28, 2004

O perigo dos head phones

Se está a pensar comprar um aparelho portátil para ouvir música, pense duas vezes.
Para além dos habituais perigos que estas coisinhas apresentam, foi recentemente descoberto mais um gigantesco perigo para a vida humana. Um estudo recente realizado pela minha pessoa comprova que mais valia um gajo trabalhar nas obras de reconstrução de Chernobyl como voluntário, do que usar estas coisas nos abanos.
Qualquer pessoa sabe que estando envolto na nuvem auditiva de um par de head phones existe um acréscimo de perigo de se ser atropelado ou de ir, com o passar do tempo, perdendo capacidades a nível da audição.
O que eu descobri é muito, muito mais grave e perigoso. Qualquer pessoa consegue sobreviver a ficar sem audição ou a ter mais cuidado a atravessar a rua. Mas não há fuga deste perigo…(to be continued)

quinta-feira, maio 27, 2004

Figuras tristes na Mtv

Só um aparte. Pela primeira vez vou falar numa personagem mundialmente ridícula.
Se repararmos bem, as pessoas que usam coisas que lhes fazem confusão acabam por fazer figuras tristes. Um dos melhores exemplos que eu conheço é o teledisco “The Voice Within” da Christina Aguilera, no qual ela usa extensões de cabelo, ou uma cabeleira, ou então é simplesmente uma dantesca falta de banho. Isto porque durante um teledisco de 5 minutos e 5 segundos, ela mexe 17 vezes no cabelo, o que para uma pessoa que não tenha piolhos não é definitivamente normal.
Um conselho para a vida desta triste moça: ou uma bela rapadela da cabeça ou então uma lavagem com Quitoso.

quarta-feira, maio 26, 2004

Aqui fica o aviso à navegação

Sabe tão bem ler o Blog do Perplexo. É muito catita, os textos ultimamente têm sempre uma frasezinha como remate final, como um pregão do dia. Dá-me o mesmo tipo de gozo que ler um graffiti do bloco de esquerda, com ironia, com firmeza e com os pés bem assentes na terra.
Por isso aqui fica uma homenagem pouco ou nada abichanada ao Sr. Perplexo:

Aos Americanos só falta anexar a Polónia e produzirem fornos para gente, porque de resto…

segunda-feira, maio 24, 2004

Será uma boca ao processo Casa Pia?

Hoje pude ler na estação do Campo Grande um autocolante, acho que dos Abk, que dizia, vá-se lá saber porquê: - “Sexo, Drogas e Nestum”.
Isto não é natural… alguém que escreve isto só pode ter marrado com a parte da frente da cabeça contra um cilindro hidráulico.
Muito bom. O humor nos transportes públicos dificilmente fica mais rico que isto. O nível de divertimento é geral, contínuo e fervilhante como a primeira festa de LSD num lar de idosos.
Muito bom pessoal, continuem que só vos faz é bem, mas não se metam nessas coisas do sexo que isso dá cabo da flora intestinal dum gajo. Pelo menos não abusem sem um bom lubrificante.

domingo, maio 23, 2004

Pede-se o favor

Há alguém em Lisboa que anda a colar umas fotocópias, de uma fotografia de um cartaz colocado, ao que parece, numa tasca.
O cartaz diz: “Pede-se aos nossos clientes que não discutam política.”
Não diz mais nada, é muito enigmático, sugestivo, despretensioso, bem-humorado e diferente da maior parte dos cartazes e autocolantes colados nas ruas de Lisboa.
De tal ordem é catita que peço ao autor que se despache a colar mais trabalhos. Este foi muito interessante.

O casal coxo

Vejo muitas vezes uma “cena macaca” na baixa de Lisboa, um casal que se insulta constantemente ao almoço ao partilharem uma sanduíche no restaurante. Nessa altura, são duas pessoas completamente normais, sem qualquer tipo de deficiência ou dificuldade física. São de etnia cigana e vestem-se e falam exactamente como são parodiados nos Malucos do Riso.
O engraçado nesta situação é que ao acabarem de almoçar, saem e começam imediatamente a cambalear, completamente contorcidos, trôpegos, a fazer caretas para poderem pedir e causarem uma “boa” impressão de pobrezinhos doentinhos.
O melhor momento do meu almoço nesse restaurante é exactamente essa repentina transformação, tal como um actor entra numa personagem. É lindo de ver, sinceramente.
São personagens muito interessantes de observar e tenho muito gosto de os poder ver a fazer pela sua vida, de uma forma tão bem estudada e tão bem actuada. Não posso deixar de sorrir ao vê-los a pedir pelas ruas de Lisboa. Não paro de pensar: eu sei a verdade, o pequeno segredo, a tal manha… enfim.

sexta-feira, maio 21, 2004

Má estratégia de marketing

Há algum tempo as lojas de roupa feminina Bsk e Zara começaram a ter uma secção também para homem.
Meninos e meninas, isto é o exemplo de uma coisa muito mal pensada. Isto porque todos os homens sabem que as roupas de homem nessas lojas são muito abichanadas. São apertadinhas, têm o estilo meio… gay, é preciso dizê-lo com frontalidade.
Uma secção de homem numa Bershka chega mesmo a ser uma contradição de termos. Toda a gente sabe que os gays sempre compraram roupa na Bershka, mas na secção de rapariga. E isso não vai mudar.
Isto é uma má estratégia de marketing. As roupas das novas secções para homem são simplesmente demasiado másculas para os gays e não são suficientemente másculas para o resto do pessoal.

quinta-feira, maio 20, 2004

Pintar tomates

Falo a sério quando digo que há um grande amigo meu que foi trabalhar para uma estufa na Holanda e que está encarregue de pintar à pistola os tomates que são produzidos na estufa. Juro por Deus.
Esperemos que ele não fume os ordenados todos nos coffee-shops de Amsterdão.
Volta Goibniu, que estás perdoado.

quarta-feira, maio 19, 2004

Resultado de Bichos parecidos

No dia seguinte de manhã, voltei a passar nesse sítio.
O gato, ou se tinha safado ou alguém o tinha levado dali.
Fixe.

terça-feira, maio 18, 2004

Bichos parecidos

Há alguns meses, a casa da minha namorada começou a ter um novo habitante, desta vez um felino malhado que foi adoptado.
Passado relativamente pouco tempo de eu começar a conviver com o gato, aconteceu-me uma situação muito desconfortável. A altas horas da noite, voltava eu a pé para minha casa, quando reparo num gato estendido no meio da estrada, exactamente igual ao gato da minha namorada, só que já adulto.
A situação perturbou-me tanto que eu não me conseguia ir embora. Notava-se que o gato tinha sido atropelado há pouco tempo, talvez ainda se safasse, mas estava inconsciente, no meio da estrada. Talvez não sobrevivesse a um segundo atropelamento. Para me conseguir ir embora, eu tinha, eu precisava de tirar o gato da estrada. Eu sou uma pessoa da cidade, nunca tive nenhum cão nem nenhum gato, isto fazia-me muita confusão.
Ao fim de mais ou menos quinze minutos, fui até ao meio da estrada e arrastei o bicho até à berma da estrada.
Ainda estava quente e senti que respirava.

Melhore a sua vida

Um conselho de amigo. Melhore o seu dia soprando velas de aniversário.
Faça como eu. Sempre que passo por uma casa de frangos, entro, digo bom dia, entro para trás do balcão e sopro o lume, apagando-o, método de levantar o moral através do conceito de que uma festa de aniversário é óptima para uma pessoa se sentir revigorada!
Pode também tentar melhorar o seu dia desembrulhando presentes, utilizando a mesma teoria. Para isto, simplesmente acerque-se de um contentor de lixo, passando a desembrulhar os maravilhosos presentes que todas as pessoas da cidade lhe deixam todos os dias. Isto vai fazer com que se sinta muito muito melhor, que tenha muitos amigos, bom sexo e sem o inconveniente de fazer mais anos do que os que efectivamente tem. Portanto só há coisas positivas a retirar deste método.

segunda-feira, maio 17, 2004

Cervejagate

Cerca de 150 agentes passaram os últimos 6 meses em 16 tascas de todo o país. Examinando cerca de 16 copos de água cheios de cerveja, por hora.
Estranhamente, esta notícia foi confundida por um jornal gay, tal como tinha já acontecido à notícia sobre o caso da operação do “Homem do apito dourado”, surgindo assim no matutino Gay News (Gay Nus – traduzido foneticamente para toinos que não percebem inglês).
Ambas estas histórias foram também confundidas com notícias, quando na realidade são só acontecimentos desportivos sem o menor interesse para o bem público.

domingo, maio 16, 2004

A revista Maria intriga-me

Todos as noites ao final do jantar eu estou incumbido de me levantar da mesa e ir buscar a fruta.
O que se passa depois disso é para mim um acto falhado. Assim que chego à cozinha tenho o acto reflexo de abrir automaticamente o frigorífico e ficar minutos a fio a observar o seu interior. Todos os dias eu fico, de costas para a fruta, a olhar para o frigorífico e a tentar lembrar-me do que ia buscar …
Será que devo escrever para a revista Maria a pedir ajuda?
-Querida revista Maria, não me consigo lembrar do que vou buscar à cozinha… o que devo fazer? Será que estou senil?
Ora, obviamente que eles lá na revista já estão muito habituados a este tipo de cartas, com certeza… e está claro que assumiam a minha pergunta como uma pergunta de foro sexual, com algum tipo de disfunção dissimulado. Está pois claro que a minha fixação no frio armário seria pois interpretado como falta de erecção ante o objecto de desejo e daí a minha resposta ser um tanto ou quanto estranha.
-Caro leitor, não se preocupe, tente relaxar, experimente coisas diferentes, sugerimos algemas e olhos vendados, se isso não funcionar, então vá ao seu médico, não se preocupe, a maioria das pessoas passa por essa sensação de armário frio. Acima de tudo não continue a tentar dissimular o seu problema, como fez nesta carta, que felizmente nós aqui na revista Maria conseguimos descodificar.

sexta-feira, maio 14, 2004

Cuidado

Passei um dia destes por um café em jeito de tasca que tinha um cartaz normalíssimo, mas que me chamou à atenção.
Rezava a tabuleta: Há pregos no pão.
Apeteceu-me chamar a Defesa do Consumidor. Se há pregos no pão ainda alguém se magoa. Eu sei que eles espetam o aviso no vidro da tasca mesmo para avisar o pessoal mais distraído, mas mesmo assim... convinha chamar mais a atenção: Cuidado – Há pregos no pão

Cadeados e cofres-fortes

Uma casa que comercializa portas blindadas foi assaltada.
Ora se uma casa de cadeados, portas e cofres-fortes não é capaz de garantir a segurança das suas instalações, obviamente que devia abrir falência e declarar incompetência...

quinta-feira, maio 13, 2004

Boa ideia

Uma boa ideia, em jeito de coisa oficial e organizada, mas com uma política bem mais dentro do espírito da “coisa”, é um evento a ter lugar em breve, no Bairro Alto.
O conceito é uma parede para grafs, legal. E os organizadores sugerem que o pessoal intervenha nesta parede. Parece que é mesmo ao lado da Galeria Zé dos Bois.
Então o que se passa é que é sugerido que se façam tags, grafs, que se apliquem autocolantes, stenciles e tudo o mais que apetecer ao pessoal que conseguir encontrar o tal sítio, mesmo ao lado da Zé dos Bois.
Isto sim é uma boa ideia. Um concurso, faria desta ideia uma bela m*rda de uma boa ideia!

quarta-feira, maio 12, 2004

Concurso de graffiti

Passei por um sítio em Odivelas, onde se realizou um concurso de graffiti.
Não sei o que é pior, se o facto de ser um concurso, se o resultado da graffitada em si. É uma palhaçada pegada, são feios, são horríveis e não fazem sentido.
Foram feitos imbuídos do espírito do 25 de Abril, mas ficaram tão fracos que dão tonturas aos mais abrunhos e inexperientes graffiteiros.
Que tristeza, que triste ideia. Bem, talvez a ideia até seja boa, mas o que resultou da pintura foram uma data de soldados com ar estúpido, uma chaimite que mete medo e um bando de hippies hiper hinfantis!

terça-feira, maio 11, 2004

Sacha Vôr e o caraças

Muito recentemente tive o grande privilégio de poder andar no elevador de um prédio já bem velhote, mas com muita graça.
No elevador podia-se ler um diminuto cartaz que rezava: Roga-se o obséquio de fechar bem as portas.
Será que isto é normal?
Mais um ‘cadinho tão a servir scones com chá e a fazer beicinho quando é pra um gajo sair da porqueira do elevadeiro!
Aonde é que o mundo vai parar?
A maior parte dos elevadores em que eu ando diz: Faxa vôr de nã mijar nus cantos que fas poça! Quais roga-se e óbzéquio e o caraças!
Nos elevadores em que eu ando nem há portas, quais portas! Se tiver sorte, há um risco de queda mínimo e consequente morte de 80%, e é se não tiver na pastinha mais que um ou dois livros de quadradinhos do Patinhas!

domingo, maio 09, 2004

Faça uma pausa com…

Alguém na nossa linda cidade assina com o tag: Faça uma pausa com pudim d’atum!
Ora cá está mais um caso de pura insanidade mental.
O autocolante deste menzinho tem um aspecto muito catita, muito profissional É muito pequenino mas é muito interessante. É uma coisinha a preto e branco todo very design muito criativo, sinceramente uma delícia… tal qual um belo dum pudim d’atum.
A minha sugestão para este senhor tagger extraordinnaire, é que não se fique pelas duas propostas de autocolante. O seu futuro nesta área sem qualquer futuro é … de alguma forma estranha… brilhante.

sábado, maio 08, 2004

Política de enganos nos autocarros

Um amigo meu é condutor de autocarros da Carris. Durante toda a semana faz muitas carreiras diferentes, todas no mesmo bairro e que se cruzam em muitos pontos.
Quando a empresa lhe deu instrução, avisou-o que até se habituar completamente, se iria enganar muitas vezes nas rotas dos autocarros.
Ora, toda a gente sabe que quando um autocarro não vai pelo caminho normal, todos os passageiros começam a mandar vir com o condutor. O que é curioso nesta história é que os condutores têm ordens da chefia para manter a compostura e dizer aos passageiros que o autocarro tem que provisoriamente tomar um caminho novo, pois o caminho normal está cortado.
Obviamente que isto é muito engraçado, todos os novatos a enganarem-se nos primeiros dias de serviço e a voltarem-se para os utentes dizendo muito sérios:
-Senhores passageiros, o caminho está cortado e o autocarro terá de fazer um pequeno desvio.
Quantas coisas no nosso país serão encobertas, como na Carris? Esperemos que não muitas. Ou pelo menos, coisas não muito importantes...

sexta-feira, maio 07, 2004

Mensagem subliminar totó

Alguém por favor repare no novo anúncio da agência de viagens Abreu!
Mas haverá por acaso possibilidade de um publicitário fazer uma imagem com uma mensagem subliminar mais totó?
O que se vê é o mestre brunho Jorge Gabriel com as mãos no planeta “Abreu”. Por detrás do planeta sai uma fileira de bolas sombreadas. Essa linha de esferas dá a volta ao planeta azul e dirige-se directamente para a zona dos genitais do catita apresentador.
A leitura que se tem da imagem, apesar de discreta, é de que o sorridente Jorge Gabriel está a ter relações com o planeta. Viaje com a Abreu e tenha uma valente erecção e melhore a sua vida sexual. Abreu abre o Mundo e lá vou eu.
Isto é claro como a água… bem… ou então é só mesmo a minha mente perversa!

quinta-feira, maio 06, 2004

O fabuloso fenómeno da polícia, dos media, da política e do futebol

150 gajos da PJ a tratar de um simples caso de corrupção e coisas parecidas, que toda a gente sabe que se passam? Por favor!
Então mas quantas centenas de esforçados agentes são precisas para prenderem 16 gajos, por crimes ridículos? Então e quantos milhares deles estarão a preparar uma rusga a uma quadrilha, sei lá, que cometa crimes violentos, que mate, que roube? Será que algum dos 16 palhaços que foram presos por 150 agentes da PJ, alguma vez fez parte de uma gang de assaltantes? Alguma vez assaltou outro cidadão com a ameaça de um pitbull?
Para mim, dizer que 150 agentes da PJ estão a investigar um caso de 16 corruptos no futebol é o mesmo que dizer que todos eles entram no edifício da PJ com a Bola e o Record debaixo do braço, dão uma vista de olhos geral e se acharem algo de suspeito dizem ao chefe, mas só depois da sesta. Tudo isto, claro, sem passar um só segundo na rua, não vá ser preciso assegurar a segurança dos cidadãos, Deus nos livre de tal indigno fardo.
E com isto me benzo… as prioridades estarão trocadas ou será impressão d’agente?
O futebol é o menor dos nossos problemas, por favor alguém repare que o futebol é só um jogo de merda. Qualquer jogo é só um jogo.

quarta-feira, maio 05, 2004

Pau Santo

Nas famosas Escadinhas do Duque, encontra-se um estranho tag.
Lê-se Pau Santo. Até aqui tudo bem. É uma variedade de madeira brasileira. Mas a ilustração do nome deste writer é um membro masculino estilizado, o chamado “Pau” (nome técnico muito especializado da medicina), com duas asinhas e uma auréola.
Realmente isto é um “Pau Santo”, mas o meu Diácono Remédios, cá bem no fundo, está a dizer muito timidamente que "não havia necessidade".
Mais um espertinho, engraçadinho com uma mensagem muito profunda, com certeza.

terça-feira, maio 04, 2004

Estejamos todos à vontade

Não sou um gajo vaidoso, não passo o dia a olhar-me ao espelho nas montras das lojas, das ruas por onde passo. Nem sequer me olho ao espelho em casa. Aliás, só me olho ao espelho uma vez por dia, numa determinada montra, de uma determinada loja. Aonde, consequentemente, aproveito para me pentear, fazer a barba e ajeitar a gola da camisa e pôr a fralda para dentro das calças.
Não é o que toda a gente faz? E a sua loja qual é? Aonde fica? E tem uma montra suficientemente larga que dê para ver se os sapatos ficam bem com as calças?

Linha de Metro maior, placa de sinalização maior

O novo placard com as novas estações da linha amarela da estação do Rato é estranho.
Ela, a linha, é realmente maior! E ainda bem. Mas será que os abrunhos do Metro não podiam ter medido o placard antes de o colocar ao lado do lindo painel da Vieira da Silva? É que o novo placard é 15 ou 20 centímetros maior do que o anterior. E acredite-se ou não, esta nova placa tapa 10 centímetros do painel de azulejos da nossa querida Vieirita da Silva.
Mas que raio de broncos mais toinos, estes que concebem e colocam os painéis dos mapas de Metro!

domingo, maio 02, 2004

Puxão de orelhas à Emel

Hoje reparei num carro da empresa Emel, que se dedica a multar toda a gente. Qual não foi o meu espanto, quando reparo que era o único carro estacionado naquele sítio habitualmente tão concorrido, no preciso espaço aonde já tenho visto dezenas de carros, mal estacionados e multados pela Emel.
Mal estacionado, um carro da Emel!?
Mas o que é que estes abrunhos mereciam? Uma multa? Uns ferros de prender os pneus? Algo mais chato? Algo mais irritante?
Ou quem sabe, estes tristes trabalhadores da Emel simplesmente mereçam um uniforme de uma cor menos irritante e que não os perturbe a ponto de os levar a estacionar em sítios proibidos.

sábado, maio 01, 2004

Os aparelhómetros do Demónio

Divirto-me muito a observar os estranhos comportamentos das pessoas que usam telemóveis.
Há algum tempo, pude observar um casal que subia a rua do Carmo falando cada um no seu telemóvel, sem ligar absolutamente à sua companhia, discursando em alto e bom som, como se mais nada importasse. O meu espanto subiu em flecha quando a senhora do casal, sentiu qualquer coisa dentro da sua mala, que a alarmou. Procurou, parada no meio da rua, não parando de falar ao telemóvel e escarafunchando com a segunda mão na sua bolsa. Assim que conseguiu tirar da mala um segundo aparelho e atender uma segunda chamada, a situação tornou-se de repente ainda mais espantosa, na qual, o marido, sem ligar nenhuma à esposa, conversava distraído com uma terceira pessoa e a sua esposa por um ouvido conversava com uma quarta pessoa e no outro ouvido, com uma quinta.
Não é preciso comentar, isto não será nunca um comportamento normal... andar pela rua do Carmo com um telemóvel em cada ouvido.
Pede-se a alguém que me explique isto... não pode ser normal... sinceramente eu fiquei absolutamente estupefacto.