quinta-feira, novembro 30, 2006

I’ll tell you what I liked what I really really liked


Aquilo de que realmente gostei na Feira Internacional de Arte foi de um artista da galeria Gallery Cubic, de seu nome Paulo Luís Almeida. O moço tinha lá uma pintura e uns desenhos de um fulano de camisa e gravata, várias vezes repetido. Muito simples. Mas muito muito bom. Feito de uma tal forma que senti estar perante algo verdadeiramente grandioso.

I say: Mucho bueno!

sexta-feira, novembro 24, 2006

Crew do pullover Cardigan e sapatinho vela


Há na cidade um graffiti que me agrada muito. São umas letras para variar. Soletram o nome de uma crew para não fugir à regra. No entanto é pintado como se fosse feito de um padrão aos quadrados tipo Cardigan. É tão betinho na sua essência, tão limpinho e, no entanto, foi feito à noite e à socapa como todos os outros. A sua contradição é o que me faz sorrir, acho eu.

terça-feira, novembro 14, 2006

Vota no Avô Cantigas


Há alguém que anda a taggar esta frase na zona do Cacém: Vota no Avô Cantigas.

Acho que a totalidade da mensagem subjacente é esta:
Eu apoio o Avô Cantigas. O Avô Cantigas tem feito uma campanha limpa. É um candidato honesto e íntegro e no qual eu acredito plenamente. Acredito que, se um dia o país confiar o seu destino às mãos das suas musiquinhas, irá sem dúvida ser conduzido por solarengos e fofos caminhos.
Portanto, quando chegar o dia de votar, vamos todos dizer: Vota no Avô Cantigas!

quarta-feira, junho 14, 2006

Hoje travei conhecimento com o Átila

Hoje conheci um pitbull chamado Átila.
Epá, tou farto de ouvir chamar nomes agressivos a estes bichos. Porque é que ninguém chama a este tipo de cachorros por exemplo pipoca ou lili? Porque é que temos de ter nomes maus para cães já de si com má reputação? É foleiro.
Eu cá só tive um cágado chamado Horácio. Acho que Horácio é um nome simpático. Realmente o nome era adequado ao animal. O Horácio não era agressivo, era simpático e pacato. Comia com a boca aberta mas não era por mal. Era só atitude.

Acho que se este conceito de atribuir nomes consoante a personalidade se aplicasse aos seres humanos o rapaz Bush chamava-se provavelmente Marcial.
Mas, como não se aplica, o melhor é chamar-lhe Átila.

domingo, junho 04, 2006

FF? Espero que sejam as iniciais dos Foo Fighters. Não, afinal parece que é o puto dos Morangos com Açúcar


A minha visão do mundo mudou. Tudo está mal! Não está certo viver assim. Já não quero ser português outra vez. Depois disto só quero viver sem filiação a este país que se deixa vender e comprar por novelas de merda, escritas por escritores de merda, com anúncios publicitários metidos pelo meio da acção, com actores sem formação e que, pior que tudo, são abraçados pelo povo.

Merda para isto tudo, o CD do FF está em primeiro lugar no top de vendas da Fnac.

Não é que eu alguma vez tivesse ficado agradado com o álbum que ocupa o cimo da lista de vendas da Fnac mas isto é pior, isto é mais baixo, mais ranhoso, mais abertamente lançado à má onda. Onde está a integridade? O que me magoa é a falta de julgamento crítico, a falta de defesas anti publicidade. Onde ficaram os escrúpulos desta gente?
Alguém me traga aqui uma banda de garagem, um rapper esfomeado, um pedinte com uma guitarra partida e voz arranhada de dormir ao relento, a ver se me recomponho.

Espero que todos os putos que compraram este CD cheguem rapidamente à adolescência, ponham a mão na testa e se enfiem num buraco.

terça-feira, maio 30, 2006

Filhos da Madrugada

Nas minhas lembranças das músicas com letras alteradas dos tempos da escola há uma que sobressai. Há muitas, muito porcas, pouco porcas, parvas ou pertinentes. Mas, para mim, a melhor sempre foi uma do Zeca Afonso: Filhos da Madrugada. Portanto imagine, se faz favor, esta música com a seguinte letra:

- Somos filhos da mãe drogada, fumamos marijuana.

Uma bomboca dos tempos do recreio e da subcultura do fundo da mochila!
Alguém sabe alguma?

sexta-feira, maio 26, 2006

O retro “retronou”

Eu gosto de ver as pessoas a seguirem a moda. Uma das coisas que está a regressar é a tendência retro. O retro já esteve na moda, agora voltou. Costumava ser cool ser retro e agora o retro “retronou”.

Uma destes dias deu-me uma vontade enorme de fazer uma tatoo retro, um design na onda 73. Deu-me o desejo repentino de tatuar uma inscrição feita em condições de ranhosa higiene que dissesse:
- Angola 73 – Amor de Mãe.
Ou melhor ainda:
- Quarteto 1111 é um amok!

Passou-me rapidamente, graças a Deus.

segunda-feira, maio 22, 2006

O segredo dos números das camisolas de Futebol

Tomei conhecimento de fonte segura que me jura a pés juntos que sabe o que está por detrás do significado do número da camisola de cada jogador profissional de futebol.
Pela primeira vez o segredo é revelado.

O número com que cada jogador joga é o valor do seu quociente de inteligência. Ou seja, nenhum jogador por muito alto que seja o seu número tem mais de 99 de quociente de inteligência. Isto é muito grave.

Eu diria que os jogadores deviam ter antes o número do seu ordenado estampado nas costas da sua camisola. Isto sim era pertinente e útil. Seriam camisolas, em muitos casos, com uma espécie de véu de zeros. E, já agora, em tecidos a condizer – sedas, damascos, veludos – e acessórios a reflectir o QI – berloques, ecrãs LCD, etc.
Seria uma coisa linda, fantástica, uma coisa com gosto a condizer.

quarta-feira, maio 17, 2006

T-shirts foleiras

Acho mal. Realmente acho muito mal o que anda para aí a circular nas t-shirts da malta.
Anda praí uma gentinha com t-shirts a dizer:

PARA MIM TANTO ME FAZ, IR VER OS D’ZRT AO ROCK IN RIO OU DAR UM TIRO NOS CORNOS.

Epá, isto não está certo, não acho mesmo nada bem. O suicídio não é o mesmo que um concerto dos D’zrt. Não exagerem. O suicídio é um bocado menos penoso.
Por favor, parem com todos e quaisquer concertos dos D’zrt antes que haja uma onda de suicídios pelo país fora!

sábado, maio 13, 2006

A festa dos putos

Até que alguém me prove o contrário, a melhor frase de um aniversário de uma criança é e será sempre a seguinte, que eu orgulhosamente presenciei. Diz o miúdo mais crescido à sua mãe, sobre o seu primo mais pequenote:

- Ó mãe, o primo molhou-me todo com o piaçaba.

Isto, dito alto e bom som. Com toda a comitiva aniversariante à escuta, é uma pérola nas minhas memórias.
A simples ideia de um miúdo todo bem vestidinho numa festa de aniversário anunciar publicamente estar coberto de água suja de dejectos humanos é impagável.

segunda-feira, maio 08, 2006

Telecomando

A empregada de limpeza da minha namorada tem o ponto alto do seu dia no momento de esconder o telecomando.
Todos os dias um sítio diferente. A imaginação fervilha. Debaixo do colchão, ao lado do rato do PC, numa gaveta. Enfim. É sempre uma animação enorme chegar a casa e procurar o comando.
Como se pode esperar que acompanhemos decentemente os Morangos com Açúcar se nem sabemos onde pára o telecomando?
Dá uma vontade desgraçada de poder mandar um toque pró telecomando. Com os telemóveis funciona.

quinta-feira, maio 04, 2006

Ó grávida, dá a bola aos putos!

Não acho nada bem e não aconselho ninguém a gritar a uma grávida muito grávida: Dá a bola aos putos!
Só vos digo, sobretudo não tentem nunca misturar ingredientes inflamáveis, tais como irritar uma grávida que se encontre nos transportes públicos. Elas têm tendência a ter um sentido de humor reduzido e existem sérias probabilidades de a sua frustração hormonal se libertar em forma de porradão na zona da cabeça com um exemplar da revista Pré Natal ou com uma daquelas cintas para segurar a barriga.

sábado, abril 29, 2006

Graf de um Golfinho

Ao pé da minha casa apareceu o graffiti mais horrível da história da humanidade. Tem um golfinho pintado, a cores fluorescentes, muito muito muito mal desenhado.
Por dentro diz: amo-te, qualquer coisa.

A culpa é toda do raio dos argumentistas dos Morangos com Açúcar que nunca mais se precipitam de um penhasco. Isto sim eu gostava de ver. E ofereço desde já o pagamento de um testículo de Santana Lopes em troca da morte violenta do escritor dos textos dos Morangos com Açúcar. Bem como do director de actores dos meninos.

Por favor, rapaz apaixonado do golfinho, pára da pintar os azulejos dos prédios ao pé da Secundária, estás a ser ridículo e a atrair a irritação dos deuses sobre ti e todos os teus parentes. Os quais te deviam ter dado um par de estalos quando começaste a desenhar golfinhos, que mais parecem lombrigas, e a achar que estavas no bom caminho.

quarta-feira, abril 26, 2006

Portugal maior aonde?

Pergunta a Cavaco Silva… Portugal já está maior?
Em que sentido?
Estava a pensar ocupar a Polónia? Ou a pensar que Portugal ia ter uma erecção ali pela zona de Cascais?

Portugal não está maior. Contrariamente à sua promessa, o país não está maior.
Quebrou uma promessa, faz favor de pedir desculpa. Isto porque, confesse Senhor Cavaco, nunca foi sua intenção cumprir esta promessa. Admita que Portugal nunca teve possibilidade alguma de crescer em tamanho, nem peso, nem massa.
Ouvi dizer é que a sua ideia era mudar o nome do país para Portugal Cavaco Silva, que para todos os efeitos faria com que Portugal estivesse maior, mas só em nome.

domingo, abril 23, 2006

Boss Nac

A minha cidade é tão ranhosita que até tem marcas falsificadas nos graffitis.
Tal como há a marca Nice que falsifica a Nike e a Bu Fu que falsifica a Fu Bu, nós cá por casa temos um copiador de assinaturas. Há um gajo qualquer que assina as paredes com o nome Boss Nac, em vez do famoso Boss Ac.

Ora isto é fantástico. Eu bato palmas, isto merece ovação. Uma ovação copiada de qualquer lado, algo roubado, palmas falsas e pirosas e que não enganam ninguém.

quinta-feira, abril 20, 2006

Super Filosofista

Por favor, alguém me explique se o Nietzsche tinha pancada com mais algum super-herói ou se era só com o Super-Homem, porque aquilo até chateia. Que gajo mais chato. Não há um super vilão, não há uma super heroína toda armada em sexy, (nem nenhuma super cocaína, chi ao que isto chegou).
Haja alguém que me diga se ele tem algum livro do Homem Aranha, do Surfista Prateado ou do grandioso Super Pateta (lembram-se? Comia amendoins e ficava de roupa interior vermelha, era excelente).

Será normal os filósofos divagarem obsessivamente sobre super heróis? Será que Platão era vidrado nalgum super poder? E Aristóteles coleccionava comics?

A filosofia e a literatura de banda desenhada de super-heróis vão continuar para sempre de mãos dadas, a combater o crime e a verborreiar-se sobre a vida.

quinta-feira, abril 13, 2006

Igualdade

Algo de muito injusto está a acontecer no Metro. O que se passa é que existe discriminação na maneira como o Metropolitano de Lisboa trata as estações.

Haja igualdade, que sejam todas tratadas por Senhor ou que não seja nenhuma. Eu defendo que todas as estações se deviam chamar Senhor. A exemplo do que acontece com a favorecida estação Senhor Roubado, devíamos alterar os nomes para Senhor Campo Grande, Senhor Martim Moniz, Senhor Rossio, Senhor Marquês de Pombal e o meu favorito: Senhor Rato.

Há também propostas para que todas as estações sejam chamadas de, por exemplo: Sua Eminência Picoas ou Vossa Senhoria Saldanha. Mas não têm tanta aceitação. Enfim.

segunda-feira, abril 10, 2006

Gramática dos transportes públicos

Estou bem fartinho que as pessoas falem comigo na segunda pessoa do plural.
-Falastes! – Dizem eles.
Ao que me apetece responder:
-Vós, senhor, também falastes, no entanto, excelência, deveis dirigir-vos à minha pessoa na segunda pessoa do singular, que eu vos concedo tal à-vontade.

Epá, sinceramente, vamos lá relembrar:

Eu falei
Tu falaste
Ele falou
Nós falámos
Vós falastes
Eles falaram

Não é difícil, é só ter atenção!

quinta-feira, abril 06, 2006

A minha roda dos alimentos

Na minha humilde opinião eu acho que a roda dos alimentos devia ser composta sobretudo por Futebolas, gomas com sabor a banana, ovos verdes, mousse de chocolate com chantilly e pastilhas Super Gorila.
Obviamente que as pizzas do Lidl e os eternos Chocapic não podem faltar, bem como a água suja do imperialismo Cocaquinha Frescola.
As crianças hoje em dia deviam aprender estas coisas. Uma boa alimentação é a base de uma boa barriga e um bom começo para, quem sabe, uma úlcera de estimação.

segunda-feira, abril 03, 2006

Teimosos os bimbos

Eu moro na capital mundial do rebaixamento do Bimbomóvel! Disso eu já sabia. Há por aqui mais Fiat Puntos com saias do que em qualquer filme de corridas de carros tuningados americanos.

O que gosto nisto da bimbalhada é poder encontrar, como eu encontrei, uma carrinha toda podre a quem alguém deu o carinhoso nome de Teimosa 3. Portanto, uma charronca velha a bater as botas não tarda, tem numa das portas, orgulhosamente colado, um autocolante a dizer Teimosa 3.

Isto é bonito. Isto é amor ao carro. Isto sim é bimbo à séria! Portugal espezinha com um salto alto dourado e com lantejoulas em jeito de tigresse qualquer campeão do kitch.
Mais um motivo de orgulho nacional.

sexta-feira, março 31, 2006

Yo penso positivo

Pelo Carnaval, pude assistir a uma cena digna de um feel good movie. Os envolvidos eram um miúdo atrevido e uma personagem de pensamento verdadeiramente positivo.

O miúdo, de cima de um muro, acertou com um ovo nessa personagem.
Com uma vivacidade e um sorriso digno de uma publicidade a detergente, o senhor respondeu alegremente ao rapazola:
- Boa pontaria jovem! Estás a provar que a tua mão direita não serve apenas para te masturbares a ti e aos outros.

Isto é que é receber com bom espírito o Carnaval. Ninguém leva a mal. Não há cá chatices, just good clean fun.

terça-feira, março 28, 2006

Sarrabulhada e molho de sangue

Vi no outro dia na Culturgest (sim porque eu sou um gajo todo a dar pró multicultural), uma peça de teatro que me surpreendeu bastante. A peça chamava-se Sarrabulho e é de um grupo da Santa Terrinha chamado Sucata Sisters.
O que me agradou imenso, para além dos bons textos, das interpretações muito gostosinhas e das posturas muito abertas dos actores, foi sem dúvida o uso de slides para ajudar a narrativa. As imagens dialogavam com os actores.
Foi um show de surpresas para os meus sentidos. Sinceramente muito bom. Saí de lá com coragem. Gosto disso.
Sucata Sisters - dez pontos, Sucata Sisters - ten points. Obrigado Helsínquia.

sábado, março 25, 2006

Sacos de fruta

As velhas portuguesas, utentes dos autocarros públicos, têm crenças muito estranhas. Seja qual for a religião da velha em causa, ela vai invariavelmente acreditar, por estranho que pareça, que todo e qualquer saco de plástico vai indubitavelmente ganhar uma coluna vertebral e resistir sem ajuda aos solavancos do transporte público.
Só essa convicção é que pode explicar que todas as velhas, quando se sentam, poisem os sacos no chão do autocarro e se espantem que os sacos de plástico fujam e espalhem por todo o autocarro os seus queridos vegetais, pacotes de medicamentos e afins.

quarta-feira, março 22, 2006

Quadrando nas Bermundas

Não é por mal mas eu preferia abater um cavalo ou esmagar um gatinho à paulada do que assistir a qualquer um dos sketches do programa Quadrado das Bermudas. É tão mau que faz com que todos, integralmente todos, os textos dos Morangos com Açúcar pareçam um dos cantos dos Lusíadas. É uma dor de alma.
Quando quiser curar uma dor de dentes, vejo um dos programas de uma ponta à outra e nem me lembro mais das dores.

Por favor, tragam de volta o 70x7 que sempre era mais animado e divertido do que esta bosta literário-teatral.

domingo, março 19, 2006

Velho motard

Muito recentemente, vi um velhote numa motorizada toda armada em convencida. Um velho radical, cheio de estilo. Tinha um capacete à la Hells Angels, com uma forma a lembrar os capacetes do exército alemão da Segunda Guerra. Um verdadeiro insurrecto! Com todas as possibilidades humorísticas que isso provoca por se tratar de um velhote.
O mais catita e funny funny é que a marca da mota deste Hells Angel fora de prazo era Charley Davidson.

Isto só em Portugal. Ah, grandas velhos que a gente cá tem. Vinha, com certeza, de arranjar confusão num lar de idosos rival, ou de uma concentração de velhos motards desconcentrados. A tomar speeds em vez dos medicamentos receitados, sempre contra a vontade da maioria.

Mostra o que vales velho. Vende os medicamentos e o Ford T e compra uma Charley!

quinta-feira, março 16, 2006

Bimbo my ride

O movimento Tunning tem por propósito tentar demonstrar ao mundo o quanto se é Bimbo. Quanto mais dinheiro se gastar para se alterar o carro para ficar mesmo à la Bimbo, mais as pessoas ficam a saber que o proprietário de tal feia viatura é de um enorme e gigante Bimbo.

Um verdadeiro Bimbo gosta de sentir o carro a roçar no chão. Faz faísca nas lombas, larga peças com qualquer pedrinha e até uma pipoca que se encontre na faixa de rodagem raspa a pintura do frontispício do automóvel e deixa um risco bem marcado.

O que sobretudo me surpreende no Tunning é que a pessoa pode até viver num barraco, debaixo da ponte ou num caixote do lixo da Câmara, no entanto, acha bem cantar aos quatro ventos que gastou estes e aqueles mil contos a pôr merdinha aqui, merdinha ali no raio do carro. Que, no final do dia, permanece na sua condição de viatura de deslocação e nada mais.

Um destes dias pude observar um autocolante num carro de um verdadeiro e absoluto Bimbo. Rezava o autocolante: Tunning não é crime.
E não pude deixar de exclamar: É verdade, Tunning não é crime, mas é Bimbo.

segunda-feira, março 13, 2006

Velhas de ténis

Uma coisa que me dá muito gozo é ver velhotas de ténis. Epá, é perfeito, parecem tão confortáveis. Devia ser uniforme obrigatório.

Ainda no outro dia vi uma de ténis e fato de treino, toda colorida. Lindo. Parecia tão confortável. Até parecia que podia ter estado na fila pró casting dos Morangos com Açúcar.

Acho que uma velhota com ténis ainda tem muito para andar. Não vai ter tantas queixas de dores. É como porem pilhas Duracell num coelho de brincar. Aquilo ainda está para durar.

sexta-feira, março 10, 2006

God save the Quim

Um dia destes pude ver com muito agrado, garanto, um autocolante muito muito nice.
O que é representado é uma imagem dos Sex Pistols, onde aparece a senhora rainha de Inglaterra, a qual tem os olhos tapados com uma faixa que diz: God save the Queen, e a boca tem uma faixa que diz: Sex Pistols.

No entanto, este novo catita autocolante tem, na tira dos olhos, os olhos do rapaz Cavaco Silva e a faixa da boca tem o belo, contagiante e engraçado sorriso do moço Presidente de Boliqueime.

Fica muito muito bom. É na minha opinião dos melhores exemplos de autocolantes.
A malta dos stickers tá-lhe a dar com força!

terça-feira, março 07, 2006

O que o meu povo gosta é do Roque ande Role!

E de escrever em inguelês e tal!
Na minha bela urbe, suburbana como tudo, existe desde há pouquinho tempo um graffitizinho muito doce. Uma coisa romântica com muita paixão e com uma tirada em inglês que fica sempre cool. Reza o dito escrevinhado a lata de spray: D ama K.
Até aqui tudo nice e mais uma vez cool. Mas por baixo o nosso Romeu de escrever por casa atira-se aos saltos para o mundo do inglês soletrando FOREFEVER em vez do esperado FOREVER. Apontou para o estilo mais do que para a gramática e saiu-lhe o graf pela coolatra. Há-de ficar, se Deus quiser, a mensagem: D ama K forefever.
Pobre paixão mal escrevida!

sábado, março 04, 2006

Muito boa noite, por obséquio e tudo o mais

A mim, na rua, perguntam-me muitas vezes indicações. Param e perguntam. E eu indico, quando sei.
O que eu acho curioso é que quanto mais tarde é mais simpáticas são as pessoas que pedem indicações. Isto porquê? Porque quanto mais tarde é menos pessoas há na rua a quem possam perguntar as ruas e as direcções ou a localização de multibancos e farmácias que pretendem.

Muito bom. Sentem que se se armarem em arrogantes podemos sempre dizer:
- Não digo e duvido que haja mais alguém a esta hora na rua a quem perguntar!

quarta-feira, março 01, 2006

Vanessa é com um Ç ou dois S?

Perto da minha casa surgiu recentemente uma garatuja grafitada que é das mais tristes que já vi. É incrivelmente infeliz por três motivos:

Primeiro, porque é o nome de uma rapariga que é piroso até dizer bolas que isto é mesmo horrível. Acho que diz Mónica Vanessa.
Segundo, porque o pobre coitado a meio do primeiro nome ficou sem tinta no spray e o resto do nome continua noutra cor.
E por fim, o melhor de tudo. O infeliz escriba teve de rasurar o segundo nome da moça. O que para uma surpresa romântica acaba por não ficar tão fofo como seria de esperar.

Podemos pensar pelo lado positivo: é bom os jovens darem-se à escrita; e é bom emendar os erros que cometemos.

Continua rapaz, o caminho para a literacia está aberto, é só permanecer concentrado. Concentrado é com um C ou dois S?

sábado, fevereiro 25, 2006

Projecto Pastilha

Há algum tempo atrás iniciei o Projecto Pastilha. Com o intuito de ir sabotando um ou outro graffiti mais feioso.
Acabei por resolver que sempre que passasse por determinado sítio, iria colar uma pastilha elástica na parede, em cima do graffiti ranhoso que lá estava.

Como esta parede está situada muito perto de escolas a moda pegou e agora não sou só eu a contribuir para esta intervenção no espaço. Agora, sempre que por lá passo, já existem novas adições a esta parede da vergonha.
O aspecto final acaba por ser muito colorido pois as pastilhas são de cores diferentes e dão à parede um aspecto muito pintalgado e quase festivo.

Contribua você também.

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Reservado a Concelho

Na minha zona de residência há uma grande percentagem de autocarros que se destinam ao Reservado.
Será que o Reservado é perto daqui? Será que consta dos mapas? Será que o Professor José Hermano Saraiva já fez algum programa sobre a história e a cultura do Reservado?
Deve morar lá muita gente, porque por toda a cidade passam autocarros para o Reservado. Hei-de perguntar a um motorista para que lados fica o Reservado. Tenho de lá dar um saltinho. Deve ser um passeio interessante.

domingo, fevereiro 19, 2006

Sou um Trainspotter

Posso dizer que na minha adolescência fiquei com uma certa pancada por um ou outro filme. Um deles foi-me incrustado na mente pela interdição. Eu tinha lido sobre o filme Trainspotting e tinha achado interessante, no entanto os meus pais não quiseram ir ver o filme ao cinema. Mais tarde com um grupo de amigos foi-nos vedada a entrada no cinema por não termos idade suficiente.

Assim que pude comprei o filme em VHS e, quem diria, foi muito mais surpreendente do que eu estava à espera. Transmitia um feeling bem mais positivo do que aquele que imaginava.
Muito bom. Desde então já o voltei a ver umas poucas de vezes.

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Aniversário do Avante marca necessidade de mudança

O jornal Avante tem uma tiragem muito piriri. Longe vão os tempos de tiragens de quinhentos mil exemplares de 1974.
Eu sugiro que para aumentar as vendas o Avante se passe a chamar: “O jornal oficial dos Morangos com Açúcar”. Isto assegurará um aumento de vendas e criará novos camaradas. No meio de entrevistas com os meninos dos Morangos estariam notícias do partido e textos sobre as acções do partido.
Com essas mudanças é fácil adivinhar que seria necessário parar de chamar camarada a toda a gente e passar a referir-se aos compinchas partidários de dread, sócio e man!
Até soa bem!

domingo, fevereiro 12, 2006

Não me meto em campanhas publicitárias

Irrita-me profundamente o que estão a fazer com os bons cartonistas que há por todo mundo. Não há direito. Bolas, tantos bons cartonistas que podiam ficar na história, logo hão-de ficar famosos uns dinamarqueses fraquinhos.
Desagrada-me tanto a publicidade que o mundo islâmico está a fazer a cartonistas de baixa qualidade da Dinamarca!

Se isto fosse um episódio do Scooby-Doo dava para adivinhar que o mundo islâmico tinha interesse económico na publicidade internacional dos famosos cartoons. Diria eu que quando a publicação dos beras cartoons dinamarqueses chegar a best seller o mundo islâmico fica com 80% dos lucros.

Toda a gente sabe que o melhor a fazer com uma coisa que nos irrita é não ligar. O que parece é que alguma coisa nos cartoons da Dinamarca tocou algum nervo mais sensível.
Mas qual será a percentagem de muçulmanos que pelo mundo fora têm por hábito ler jornais dinamarqueses locais e de petite tiragem? Tipo nenhuma. E, no entanto estes cartoons hão-de chegar ao e-bay por milhares e milhares.

Por favor se é preciso haver pancadaria no mundo que seja por cartoons de bons cartonistas, profissionais, de qualidade, como há por aí aos montes. Todos sabemos que o humor nórdico tirando os Abba, é uma bosta!
Tenho dito!

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Vaidosos peidorrentos

Passo todos os dias por um estabelecimento que tem um letreiro que afirma: “Directamente do produtor para o consumidor”.
Até aqui, tudo bem, mas só que aquilo é uma casa de venda de gás! Eles são produtores de gás! São peidorrentos e orgulham-se disso.

“Produzimos o nosso punzinho, embalamos e entregamos directamente ao consumidor. Basta de soltar em vão a nossa bufa solitária num elevador apinhado para chamar a atenção. Qual quê! Vamos é abrir uma loja, que nós cá em casa somos profissionais a soltar gases”.

Fazem bom dinheiro com as suas emissões gasosas e acredito que vão abrir uma rede de lojas por todo o país!

domingo, fevereiro 05, 2006

Conversas alheias

Ontem, ouvi num autocarro um gajo a dizer para o outro:
- De hoje não passa, vai haver um homocídio lá em casa.
Ao que o amigo replicou:
- Não queres antes dizer: Homicídio?
- Eu quero mesmo dizer homocídio, porque eu vou matar aquele maricas.
Tristes conversas as que se ouvem no autocarro. Isto, quando não se apanham conversas das cólicas, diarreias incontroláveis e operações hospitalares, com pormenores gore, das velhas. Isso sim é forte para começar o dia.

terça-feira, janeiro 31, 2006

Prazer dos 80s

Vi há muito pouco tempo o programa Prazer dos Diabos num dos canais da SIC. Um dos comentadores, o mais incisivo e mais interessante, ou seja o rapaz com pouco cabelo, dizia que a cena musical portuguesa era um copy-paste do estrangeiro e que era nos 80s que ela era catita.
Uma coisa que me pareceu foi que ele não conhece bandas portuguesas nenhumas para além das que passam na rádio, banda FM e que o seu apetite por novas incursões musicais terminou em 1982 ou coisa que o valha, porque foi lá puxar palmas aos GNR, de antes da revolução russa, e aos Heróis do Mar, da época em que ainda apareciam esses rapazes nas cartilhas chinesas da dinastia Chung(a).
Não que eu desgoste destas bandas, mas é chato o rapaz ter ficado mouco para a música lusa e bradar aos céus que ela morreu.

Calma Toni!

Comentava ele algumas bandas portuguesas que, segundo ele, se assemelham imenso a bandas estrangeiras e que por isso são redundantes.
Epá, a mim o que me parece redundante é o Prazer dos Diabos. Parece-me sempre que estou a ver um reciclado da Noite da Má Língua de má qualidade.
O Alvim anda em baixo e precisa sempre de um café. E dos outros todos nem digo nada.
A única coisa de que gosto nesta versão ramelosa da Noite da Má Língua é que não tem a Júlia Pinheiro aos gritos. Isso é um ponto a favor, sem dúvida.

quinta-feira, janeiro 26, 2006

Água quente e fria


Há uns anos atrás, no regresso de um dia muito longo de caminhada pela montanha, numa colónia de férias, eu estava absolutamente gelado. Quando fui tomar banho, assim que liguei a água, apercebi-me de repente que os meus pés sentiam que a água do banho estava a ferver. No entanto a minhas mãos sentiam que a água estava fria. Isto porque os meus pés estavam tão frios que sentiam a água fria como estando muito quente.
Estranho não é?

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Loja de animais

Fui há pouco tempo ao Loures Shopping e pude ver uma das maiores lojas de animais do mundo. Adorei. O que achei mais engraçado é que a loja é tão grande que dá a sensação que o desporto nacional são as corridas de cães.
Isso é que havia de ser bacano. Aposto que íamos competir com países com tradições lindas como o Butão ou o Bangladesh, onde uma bola de futebol custa uma ovelha e a virgindade da filha mais velha.

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Avistamentos

Gosto de catalogar na minha cabeça os avistamentos que fiz de gente que me faz piscar uma luzinha na cabeça. Acho que é uma espécie de álbum de imagens pessoal e não fotográfico. Muito simples e baseado unicamente na minha ranhosa memória.

Por incrível que pareça, avistei, com os meus 13/14 aninhos, a modelo Claudia Schiffer e o seu marido Copperfield, em Paris mesmo à porta do Louvre. Foi estranhíssimo sentir a minha calma manhã alvoroçada com a pressão e a perseguição que vi o casal sofrer por parte de fãs, fotógrafos e seguranças, tudo à mistura.

Tadinhos, há um preço para a fama e passa pelo sossego. Pela calma e pela possibilidade de podermos olhar em volta numa multidão e saber que podemos continuar numa boa.
Bem, é isso que eu desejo a todos os que têm o que comer – sossego. Aos outros, claro, deseja-se sempre uma boa refeição.