quinta-feira, março 16, 2006

Bimbo my ride

O movimento Tunning tem por propósito tentar demonstrar ao mundo o quanto se é Bimbo. Quanto mais dinheiro se gastar para se alterar o carro para ficar mesmo à la Bimbo, mais as pessoas ficam a saber que o proprietário de tal feia viatura é de um enorme e gigante Bimbo.

Um verdadeiro Bimbo gosta de sentir o carro a roçar no chão. Faz faísca nas lombas, larga peças com qualquer pedrinha e até uma pipoca que se encontre na faixa de rodagem raspa a pintura do frontispício do automóvel e deixa um risco bem marcado.

O que sobretudo me surpreende no Tunning é que a pessoa pode até viver num barraco, debaixo da ponte ou num caixote do lixo da Câmara, no entanto, acha bem cantar aos quatro ventos que gastou estes e aqueles mil contos a pôr merdinha aqui, merdinha ali no raio do carro. Que, no final do dia, permanece na sua condição de viatura de deslocação e nada mais.

Um destes dias pude observar um autocolante num carro de um verdadeiro e absoluto Bimbo. Rezava o autocolante: Tunning não é crime.
E não pude deixar de exclamar: É verdade, Tunning não é crime, mas é Bimbo.

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