Quero ser Crumb e Van Sant, mas só se tiver que ser.
Ser.
Criar e ser.
E virar as costas a quem queremos dizer alguma coisa?
O Dix agora havia de ficar estupefacto com tanta abstracção vazia.
Até o Delfim tem de concordar que já não se suportam mais Judds!
Penso em mensagem para o público perceber e dizem-me logo: Isso é demasiado fácil e estúpido.
Como é que pode ser fácil se mesmo assim o público não quer saber e não percebe nada seja como for?
E não é como se alguém ande a tentar explicar o seu trabalho no próprio trabalho. Tem de haver texto explicativo?
Onde anda o Heiddegger quando se precisa dele?
Passeio com os Python e com o Camus. Dizem que a mente é uma coisa linda.
Mas não há vontade de perceber algo mais do que aquilo que passa na televisão entre os anúncios a empréstimos de dinheiro.
Decido.
Escrevo.
A palavra é também imagem.
Kafka é uma palavra com um mundo de significados atrelado. Faço-me entender?
O significado explícito é tão secreto como a mais guardada teoria estética.
Porque é que anda tanta gente a fazer opacidades plásticas?
Medo da compreensão ou medo de ser superficial.
Acho que é moda.
Talvez escolhesse viver em Montmartre acho eu. Na minha cabeça claro.
Não há nada que valha a decadência dos nossos subúrbios.
Vou dizer ao Woody que ele e o Bisley deviam tomar um café.
A moda é uma coisa de gente estúpida. Digo eu do cimo da minha cínica mentira falsa.
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