terça-feira, janeiro 06, 2004

O poeta tímido

Há uns tempos, passeava eu na rua do Carmo, quando reparei que ao lado de uma caixa de electricidade, em letrinhas minúsculas escritas em pequenos autocolantes, se contava um enorme número de poemas, pequenos pensamentos, frases soltas, tudo muito reduzido, quase escondido por detrás de um vaso com plantas e da caixa de electricidade, quase com vergonha ou medo de ser lido.
Achei tão curiosa esta tímida expressão, esta necessidade de dizer alguma coisa, com uma certa esperança que alguém leia, que alguém descubra...
Será que mais alguém terá notado? Em tão nobre e frequentada rua, com certeza que este desconhecido já terá sido notado e conta com certeza com alguns fãs!
Pede-se pois agora, que não se retirem de lá os lindos lindos poemas que tanto fascinam quem por lá passa e neles repara.

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