terça-feira, janeiro 06, 2004

Vaso ruim… não quebra

O Vilhena é do caraças, o gajo bate em tudo e em todos. Eu cá tenho medo dele.
Orgulho-me do velhote que não verga nem amolece, só rosna e morde.
Esse gajo é como o George Grosz português, que mesmo durante o regime nazi e em plena Alemanha nazi, continuou sempre a dizer tudo o que tinha lá dentro para dizer. Assim é que é, porra!!
Depois do 25 de Abril, esperaríamos que a fúria corrosiva se fosse com os ventos vermelhos a derrubarem o velho regime.
Qual quê! Continuou sempre a cascar à esquerda e à direita, como um valoroso Dom Quixote, que vê sempre os podres do sistema ainda por decepar.
Este Robert Crumb português é uma das personagens mais rijas e teimosas que Portugal já conheceu. Imaginamo-lo facilmente a desenhar o São Pedro em conversas menos próprias com meninas de trabalhos menos próprios, quando estiver já no raio do purgatório.
Não verga e é disso que o pessoal precisa. Aprendamos com este resistente a remexer o lodo, mesmo quando aparentemente não vemos mais que água limpinha e peixinhos simpáticos… como o cherne por exemplo.

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