Seria muito curioso se as mulheres que vendem roupa à “porta” do Metro vendessem roupa de alta-costura. As senhoras-bem, todas a rondarem as velhotas, a pedirem para lhes arranjar só mais um vestido de noite do Yves Saint Laurent ou coisa do género. Seria muito mais divertido de ver.
Estas pessoas limitam-se a ficar à espera do próximo comboio de gente para começarem todas a gritar pelas freguesas, que passam sem olhar, para irem apanhar o autocarro. Enquanto esperam, os vendedores metem-se uns com os outros, roubam-se uns aos outros na brincadeira, atiram os sapatos de imitação uns aos outros…
O melhor pregão que já ouvi da boca de um destes vendedores foi: “Eu tenho a moda, freguesa, compre, compre que isto é a moda!!...” falando claro está, de um trapito, com um aspecto duvidoso, de uma cor que faria um pavão parecer sóbrio e pouco abichanado… e que obviamente custava dois euros.
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